Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), o motorista Sebastião Ferreira da Silva, o ‘Ferreirinha’, alegou estar sendo pressionado pelo ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do governo Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, para não depor como testemunha de acusação no inquérito que investiga suposto enriquecimento ilícito do ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine.
Segundo reportagem do Estadão, Ferreirinha afirmou que fez pagamentos em espécie a empresários a mando de Bendine em valores de até R$ 182 mil. Como prova das afirmações, foram encontrados registros das ligações telefônicas de Carvalho e do próprio Bendine ao celular do motorista. As evidências foram anexadas nesta terça-feira (1) ao processo contra o empresário no âmbito da Lava Jato.
O ex-presidente do Banco do Brasil foi preso na 42ª fase da Lava Jato acusado de ter recebido propina da Odebrecht no valor de R$ 3 milhões. O juiz Sérgio Moro converteu de temporária para preventiva a prisão de Bendine e classificou como ‘vergonhosa’ a pressão do executivo ao motorista.
Ferreira afirmou ainda que já trabalhou para Gilberto Carvalho, que o indicou ao cargo no Banco do Brasil. O motorista disse à Procuradoria da República de São Paulo que Carvalho pediu a ele ‘deixar disso’ e não depor ao Ministério Público Federal’.
Clique aqui para ler a matéria completa no Estadão.