Mesmo depois de ser presa na semana passada pela Polícia Federal (PF), a esposa do marqueteiro João Santana, Mônica Moura, segue ativa nas redes sociais. O aplicativo Whatsapp do celular da publicitária foi utilizado até as 12h30 da quarta-feira seguinte à prisão, pelo menos. Já o seu perfil no Instagram, aplicativo de postagem de fotos, foi acessado no último final de semana, segundo informações de matéria publicada pelo jornal O Globonesta terça-feira (1). Ao analisar o controverso fato, o deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) relembrou o sorriso dado por Mônica antes de fazer o exame de corpo de delito em Curitiba.
“Desde o instante da cena em que essa senhora Mônica adentra a prisão da Polícia Federal com o seu sorriso típico de quem está atrás de uma foto para a revista Caras, se constata o verdadeiro deboche com que ela trata a sociedade e a opinião pública brasileira”, afirmou o tucano. “A prisão do casal é nitroglicerina pura e típico caso para uma CPI, pois a tal prestação de serviço voluntária, além de absolutamente ilegal, em se tratando da Presidência da República, constitui-se em prova que se relaciona aos milhões e milhões recebidos por fora pela empresa de sua propriedade, a Pólis. É uma vergonha digna de apuração rigorosa”, completou o parlamentar.
O paradeiro do aparelho celular utilizado por Mônica ainda é incerto. De acordo com a reportagem de O Globo, o casal não entregou os equipamentos ao se apresentarem à PF, que informou, em um dos relatórios da prisão do casal, que os celulares estariam com os advogados dos marqueteiros. Apesar disto, os advogados negam estar com os aparelhos. Já segundo uma fonte ligada à defesa de Santana e Mônica, o celular teria ficado num escritório na República Dominicana, onde o casal trabalhava na campanha de reeleição do presidente Daniel Medina. Apesar das controvérsias, o fato é que houve, sim, atividade no celular após a prisão de Mônica.
O perfil de Mônica no Instagram foi utilizado para excluir jornalistas ligados de alguma forma à cobertura da Lava Jato, além de outras pessoas de perfis desconhecidos. Diante dos fatos, os investigadores da operação já estão tentando descobrir quem estaria usando o celular enquanto Mônica está presa na capital paranaense.