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Na maior pena da Lava Jato, Dirceu é condenado a 23 anos de prisão

Jose-Dirceu-Foto-Wilson-Dias-ABr-300x200A Justiça Federal condenou, nesta quarta-feira (18), o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu a cumprir 23 anos e três meses de prisão em regime fechado. É a maior pena dada pelo juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato até agora. O petista foi sentenciado pelos crimes de corrupção passiva, recebimento de vantagens indevidas e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras, como revela matéria publicada nesta quarta pela Folha de S. Paulo.

Também é a primeira condenação de Dirceu pela Lava Jato. Antes,  ele havia sido punido por envolvimento no Mensalão – escândalo de compra de votos de aliados do governo do PT. Além de Dirceu, outros dez réus foram condenados, incluindo o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) acredita que a participação de Dirceu mostra como o PT está envolvido no “petrolão” – esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Lava Jato.

“Essa condenação se irradia para todo o PT, porque não é apenas o ex-ministro José Dirceu o condenado, mas todo o partido. A corrupção se institucionalizou”, afirmou Haddad.

Os atos ilícitos teriam rendido ao petista aproximadamente R$ 15 milhões, enquanto o valor da corrupção no âmbito da Diretoria de Serviços da estatal foi estimado em R$ 60 milhõe. O rombo, para Haddad, diminui e conduz a Petrobras para uma crise profunda.

“A Petrobras se transformou em uma empresa pequena. Era motivo de orgulho para todos nós brasileiros, mas se tornou canal de distribuição de recursos para partidos e políticos. Todo esse quadro, somado e potencializado pela péssima administração do PT, é que conduziu o país a essa situação na qual nos encontramos hoje.”

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