Brasília (DF) – A Polícia Federal iniciou na manhã desta quinta-feira (1/10) a terceira fase da Operação Acrônimo, que investiga irregularidades no financiamento e prestação de contas da campanha petista ao governo mineiro, em 2014, e o suposto recebimento de propina pelo atual governador Fernando Pimentel, na época em que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Pimentel é investigado pelo recebimento de vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado ao ministério do Desenvolvimento, que ele comandou entre 2011 e 2014.
As informações são de reportagem publicada nesta quinta (1/10) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a publicação, os agentes da PF estão fazendo buscas em endereços de pessoas ligadas ao governador de Minas Gerais, entre elas o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges, também ex-ministro do Desenvolvimento durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
O pivô da operação seria o empresário Benedito Rodrigues, conhecido como Bené. O empresário é colaborador de campanhas de Pimentel e suspeito de desviar recursos de contratos do governo federal usando suas empresas. No ano passado, foram encontrados R$ 113 mil em dinheiro vivo dentro de um avião que o transportava, o que motivou as investigações.
Ao todo, a Polícia Federal cumpre 40 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília. A Operação Acrônimo, desencadeada inicialmente em maio, também tem como alvo a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira.