PSDB – RS

Número de refugiados venezuelanos em Roraima já é mais que o dobro de 2016

O agravamento da crise econômica e a instabilidade política na Venezuela têm feito o número de refugiados aumentar na fronteira com o Brasil. A ditadura imposta pelo presidente Nicolás Maduro, que tenta promover uma reforma jurídica no país vizinho, está fazendo a quantidade de pedidos de refúgio  e de residência provisória mais que duplicar no último ano. Nos primeiros seis meses de 2017, a Polícia Federal (PF) já recebeu 5.787 pedidos de venezuelanos querendo abrigo, cerca de 3.500 a mais do que em todo o ano de 2016.

Reportagem do G1 desta quinta-feira (15) traz dados da PF que mostram um aumento de 159% na quantidade de solicitações de refúgio em Roraima. Atualmente, a sede da PF trabalha com efetivo reforçado para dar conta da demanda.

O Ministério da Justiça também revela um aumento no número de pedidos de refúgio de venezuelanos em todo o Brasil. Até maio deste ano, a quantidade de pedidos já tinha dobrado, totalizando 8.231 solicitações. Durante os 12 meses de 2016 foram apenas 3.375 pedidos.

O processo para conseguir refúgio  no Brasil depende de análise do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), o que segundo o jornal, demora. Apesar do número alto de solicitações apenas cinco pedidos de refúgio de cidadãos venezuelanos feitos em Roraima já receberam algum tipo de resposta até agora.

Residência temporária

No primeiro trimestre deste ano, foram recebidas 124 solicitações de venezuelanos que desejam obter residência temporária no Brasil, segundo levantamento da PF de Roraima. Esta modalidade de permanência foi oficializada em março deste ano pelo governo federal e é destinada a cidadãos de países que não integram o Mercosul, mas fazem fronteira com o Brasil.

Os principais destinos escolhidos pelos venezuelanos é a capital Boa Vista ou a cidade de fronteira entre Brasil e Venezuela, Pacaraima. Os venezuelanos que possuem mais dinheiro  se mudam para o Amazonas ou São Paulo.

Os que preferem se instalar em  Boa Vista buscam moradia em um abrigo provisório instalado desde 27 de dezembro na periferia da capital. A permanência no local deve ser de no máximo 15 dias.

Um levantamento realizado no dia 5 deste mês apontou que há 289 venezuelanos morando no abrigo. Desse total, 205 são indígenas da etnia Warao e 84 não-índios.

O governo federal planeja ofertar 200 vagas a venezuelanos em um centro provisório de acolhimento em Pacaraima, devido ao crescente número de imigrantes na cidade. Reuniões entre representantes dos governos federal e estadual e do Alto Comissariado da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) estão estudando soluções emergenciais para  enfrentar o problema do aumento de refugiados no Brasil.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria no G1.

Ver mais