A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, anunciou nesta quarta-feira (2) que abriu uma investigação sobre a denúncia de fraude envolvendo a eleição da Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, no último domingo (30).
Ortega explicou à rede de televisão CNN que designou dois procuradores para investigar as quatro reitoras do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). De acordo com a empresa Smartmatic, encarregada do processo de votação, houve fraude em relação ao número de eleitores para a Constituinte. As informações são da matéria desta quinta-feira (3) do jornal O Globo.
Segundo o CEO da Smartmatic, Antonio Mugica, os resultados registrados pelos sistemas da companhia e os relatados pelo CNE indicam que os números de participação oficial na eleição foram inflados. Para Mugica, a estimativa é que a diferença entre a participação de fato e a anunciada por autoridades seja de ao menos 1 milhão de votos.
O presidente venezuelano rejeitou a fraude afirmando que o processo foi “transparente” e atribuiu a denúncia da Smartmatic a uma “reação do inimigo internacional”.
Há contradições sobre o número de eleitores que votaram na Constituinte. A oposição assegura que obteve 7,6 milhões de votos em um plebiscito simbólico celebrado em 16 de julho. Já o governo venezuelano anunciou que mais de 8 milhões de venezuelanos teriam votado no domingo, configurando 41,53% de participação entre os 19,8 milhões de eleitores registrados.
O número já havia sido questionado pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), que estimou apenas 2,48 milhões de pessoas votando, o que representa 12% do eleitorado.
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