A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega, que rompeu com o governo de Nicolás Maduro e foi destituída do cargo, acusou o presidente venezuelano de desviar US$ 10 milhões do Tesouro Nacional. A ex-procuradora disse que o dinheiro ilegal foi registrado como pagamento pelos serviços de uma empresa de marketing político, em mais uma denúncia contra o ditador Maduro, aliado do PT e da ex-presidente Dilma Rousseff. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (28).
De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, a empresa ao qual se referiu Ortega é a Contextus Comunicación Corporativa, responsável pela campanha do chavismo nas eleições legislativas de 2015. A empresa também teria produzido material para a petroleira PDVSA e o Estado de Zulia, governado pelo também chavista Francisco Arias Cárdenas.
A ex- procuradora afirma que a empresa era usada como fachada para o esquema de corrupção.
A ligação entre a empresa e o governo seria sua diretora-geral, Mónica Ortigoza Villasmil, mulher de Alejandro Escarrá Gil. Gil é filho do constituinte Hermann Escarrá, um dos dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e alvo de sanções econômicas dos Estados Unidos desde o fim de julho.
Ortega atribui a punição do Departamento do Tesouro americano ao esquema e declarou que entregará suas provas à Justiça americana nos próximos dias.
Odebrecht
Ortega incluiu Escarrá e outros dois chavistas entre os beneficiários do esquema de corrupção nos contratos do governo com a construtora brasileira Odebrecht. Ela já havia acusado Maduro e três dos principais dirigentes do chavismo (Diosdado Cabello, Jorge Rodríguez e Elías Jaua) de terem recebido dinheiro ilegal da construtora brasileira, que diz ter pago US$ 98 milhões a políticos da Venezuela.
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