O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci se tornou, nesta quinta-feira (3), réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia contra o petista pelo repasse de US$ 10,2 milhões feito pela Odebrecht ao marqueteiro do PT João Santana, do qual Palocci seria um dos articuladores. De acordo com matéria do jornal O Globo, ele é acusado ainda pela força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba de ter movimentado R$ 128 milhões em propinas destinadas ao PT pela Odebrecht, além de ser alvo de investigações por ter negociado propina das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte para o PT e PMDB.
Além de Palocci, outras 14 pessoas foram denunciadas. Entre elas estão João Santana e sua mulher, Mônica Moura, o empresário Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-assessor de Palocci Branislav Kontic.
O petista está preso desde 26 de setembro na Operação Omertà – que identificou, entre 2006 e 2015, a atuação ilícita do ex-ministro em benefício ao Grupo Odebrecht para que a empresa participasse de obras de estaleiros da Petrobras, através da criação da empresa Sete Brasil. Em seu despacho, Moro afirma que “há razões fundas para identificar Antonio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo codinome ‘italiano’ no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht”. Segundo o juiz, a ação tem por objeto específico o pagamento de propinas a João Santana, sob supervisão do ex-ministro.
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