A expectativa da volta do PSDB ao comando do país, despertada pela candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República, tem estimulado governadores e prefeitos tucanos à retomada de diálogo com o governo federal. Presidentes na convenção nacional do partido, realizada neste sábado (4), em Brasília, diversas lideranças regionais do PSDB apostam na aliança de Alckmin com a vice Ana Amélia (PP) como um dos caminhos para o resgate na confiança do eleitor com a política brasileira.
Na ponta do atendimento à população, os prefeitos são os que sentem, de forma mais direta, os problemas sociais enfrentados pelo Brasil. À frente da maior cidade do país, Bruno Covas (PSDB) lida com problemas maximizados da gestão municipal em São Paulo. Cidadãos que foram obrigadas a cancelar seus convênios de saúde e voltaram a buscar o atendimento do SUS. Ou que migraram seus filhos de escolas particulares para públicas, o que acabou caindo na conta dos prefeitos. Bruno acredita que o governo Alckmin significará o resgate da cidadania. “A gente precisa de um governo como o Geraldo Alckmin para resgatar o país e voltarmos a crescer, ajudando os municípios a saírem dessa quebradeira generalizada que eles se encontram”, avalia.
Prefeito de Porto Alegre (RS), Nelson Marchezan Júnior acha que o PSDB vive o “momento Alckmin: “de calma, de construção estruturada e equilibrada”. O gasto irresponsável dos recursos públicos em todas as esferas administrativas desde 2003, acredita ele, contribuíram com más gestões municipais. E que a eventual vitória de Alckmin nestas eleições poderá colocar o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento. “Se essa orientação vier de cima, e a gente conseguir arrumar as contas, botando o dinheiro onde precisa – em saneamento, drenagem, saúde pública, tecnologia de gestão e transparência –, a virada será muito rápida”, aposta Marchezan.
A possibilidade de o Brasil ter um presidente da República que já foi vereador, prefeito e governador de estado é a aposta do prefeito de Teresina (PI), Firmino Filho (PSDB), deverá facilitar a relação das administrações municipais com o governo federal. O tucano acredita que essa “sensibilidade” de quem já enfrentou de perto os desafios de um município traz uma nova perspectiva para as prefeituras a partir do ano que vem. “Hoje nós enfrentamos desafios enormes na área social e o principal seria a falta de financiamento da saúde. O governo federal tem se ausentado desse financiamento e tem nos sobrecarregado. Esse é um dos desafios que estão abertos no pacto federativo.”
Depois de participar do governo de Minas por 12 anos, como secretário, vice-governador e governador, o senador Antonio Anastasia (PSDB) percorre o estado como candidato à eleição. O mineiro comemora a convergência que entre as candidaturas regional e nacional e aposta na retomada de uma parceria de investimentos da União interrompida ao fim do governo Fernando Henrique. “Nos permitirá um retorno ao passado onde já tivemos o reconhecimento da União ao segundo estado da Federação”, aposta o mineiro.
Alianças
Entusiasmado, o ex-governador de Goiás e candidato ao Senado, Marconi Perillo (PSDB) está confiante nas alianças feitas nacionalmente. À frente da cerimônia de convenção nacional, Perillo acredita que o PSDB esteja preparado para enfrentar os desafios do Brasil a partir de 2019. Inclusive junto a prefeituras e governos estaduais. “Isso fortalece todo mundo, dá musculatura a todo mundo. Essa aliança foi muito bem pensada, muito bem articulada e é boa pra todo mundo.”
Em 2017, o tucano Duarte Nogueira assumiu a Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Em um ano e meio de gestão, conseguiu melhorar os índices do atendimento à saúde e alguns serviços básicos prestados pela administração. Ainda assim, sente a resistência do cidadão com o meio político.
O prefeito aposta na aliança construída pela candidatura tucana como uma síntese da construção que o Brasil esperava, com mudanças e reformas capazes de aumentar a renda do cidadão. “Certamente eles vão ter ao seu lado os brasileiros mais desencantados com a política, mais desmotivados, mais descrentes para serem recuperados para mostrar que o Brasil pode fazer mais e melhor.”
Outro que acredita que a candidatura de Alckmin com Ana Amélia sintetiza a aspiração do Brasil de reencontro com o desenvolvimento com justiça social e com a pacificação é o governador de Goiás, Jose Eliton (PSDB). Candidato à reeleição, ele aponta nessa aliança o caminho ao reencontro com o desenvolvimento e a justiça social. “Sentimentos de quebra de discriminação, de preconceitos. A unidade nacional a partir de um projeto e o presidente Alckmin tem todas as credenciais para colocar o Brasil no caminho certo, no caminho seguro do desenvolvimento econômico”, observou.