
micro e pequena empresa
Brasília (DF) – As famosas pedaladas fiscais do governo da presidente Dilma Rousseff, que consistiram no atraso dos repasses do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários para instituições financeiras em 2014, já rendem um rombo bilionário nas contas públicas de 2015. Segundo dados do Tesouro Nacional, apenas de janeiro a agosto deste ano R$ 14,4 bilhões saíram dos cofres públicos para quitar dívidas com subsídios devidos em 2014.
As informações são de reportagem publicada nesta sexta-feira (9/10) pelo jornal O Globo. De acordo com a publicação, a previsão de integrantes do governo é que, até o final do ano, esse rombo chegue a R$ 20 bilhões.
O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) lembrou que o rombo que a equipe econômica do governo Dilma promoveu nas contas públicas em 2014, por conta da manobra fiscal, chegou à “astronômica cifra de 106 bilhões”, segundo técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU).
“Isso destruiu a economia nacional. Para recuperar, precisaremos de mais de dois anos. Dilma fez o que prometeu: disse que ia fazer o diabo, e fez mais que o diabo faria para ganhar as eleições. Infelizmente, quem está pagando essa conta é o povo brasileiro”, afirmou.
Melhora artificial
De acordo com O Globo, no ano passado o governo adiou repasses a bancos públicos para melhorar, de forma artificial, o resultado das contas públicas. Caso os subsídios e subvenções tivessem sido pagos, o déficit primário do governo teria sido de R$ 31,681 bilhões, ou 0,62% do Produto Interno Bruto (PIB), ao invés dos R$ 17,243 bilhões computados (0,34% do PIB).
Para o deputado Imbassahy, a presidente Dilma Rousseff comprometeu a economia desse ano e a do próximo, e deve responder pelo “tamanho do estrago e da irresponsabilidade”. Ele elogiou a decisão do TCU, tomada nesta quarta-feira (7), de reprovar as contas presidenciais referentes ao ano de 2014.
“Foi uma decisão corretíssima e exemplar porque valorizou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que sempre foi repudiada pelos petistas, que inclusive, na ocasião da votação da lei, votaram contra. Resta agora ao governo assumir que o ele praticou foi a ‘irresponsabilidade fiscal”, completou o deputado.