
As dificuldades de aplicabilidade e a falta de comunicação entre as instituições que realizam pesquisas na área foram os fatores evidenciados durante o debate. “Para que o resultado de pesquisas em laboratório e campo, desenvolvidas em instituições e universidades, atinjam o setor produtivo, agricultores e pecuaristas, é evidente a necessidade de uma maior integração Universidade/Instituição de pesquisa e Empresa privada. Além deste trabalho que deve ser organizado em rede, também precisamos trabalhar a aplicabilidade destas pesquisas, para que as mesmas saiam do papel e se tornem realidade, auxiliando na produção e maior desenvolvimento do setor agropecuário”, enfatiza Zilá.
Durante o evento foi possível acompanhar a palestra do diretor técnico da Fepagro, Carlos Oliveira, que apresentou um panorama da produção agropecuária no RS e o que ela representa para o PIB do país e estado. ” O RS produziu 32,5 milhões de toneladas de grãos, o terceiro estado no país. A agropecuária hoje representa cerca de 40% do PIB”, enfatizou e também chamou atenção para os investimentos realizados no Brasil em pesquisa.
Ariosto Sparenberger, pró-reitor da Unijuí, explanou sobre a valorização da pesquisa dentro da Universidade, e reconheceu a importância da mesma para a formação de bons profissionais e também para o desenvolvimento da região e RS. “Para conhecimento: só nos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, temos 36 projetos de pesquisa em andamento’, disse Sparenberger.
A pesquisadora da Fepagro, Corália Medeiros, apresentou às lideranças as contribuições da entidade para a região em termos de pesquisa, inclusive apresentando números e resultados sobre as atividades desenvolvidas na área experimental existente em Santa Rosa.
Marcos Caraffa, coordenador do curso de Agronomia da Setrem (Sociedade Educacional Três de Maio), também apresentou os projetos de pesquisa desenvolvidos pela entidade. ” Em 2002 fomos pioneira, depois da Embrapa, em pesquisas com a Canola. Hoje temos 35 produtos desenvolvidos pela agroindústria da entidade”, explicou Caraffa que aproveitou a oportunidade para deixar uma reflexão aos presentes “Nossa região foi pioneira na adoção do receituário agrônomo, e hoje somos a região do país que mais usa agrotóxicos, e a pesquisa também passa por aqui. Não sou contra o uso de agrotóxicos, só creio que o mesmo tem que ser usado bem”.
“O Rio Grande do Sul possui uma agricultura e pecuária com facetas regionais. Estamos na segunda audiência pública da Frente e é possível confirmar nitidamente a visão que já tínhamos sobre as diferenças de cada região. A cada encontro fica evidente a importância da pesquisa agropecuária na busca de processos e produtos que se adaptem ao meio e possam beneficiar não só a localidade, mas também competir no mercado em nível nacional e internacional. Lembrando que quantidade, a produtividade, embora importante, está agora mais do que nunca acoplada à qualidade dos produtos, que é cada vez mais exigido pelo consumidor e pelo mercado”, explica Zilá.
O gerente regional da EMATER, Luiz Nelmo de Menezes Vargas, que na oportunidade representou a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, em suas considerações enfatizou a necessidade de haver uma rede, uma maior comunicação entre as instituições que trabalham com pesquisa, para que as mesmas gerem mais resultados para as comunidades. “”Trabalho há 30 anos na área e não conhecia a maioria dos trabalhos apresentados hoje aqui. Estou impressionado com a quantidade e a qualidade do material que temos na região! Porém, também estou impressionado como cada entidade trabalha isolada, muitas vezes os mesmos temas. Assim proponho a criação de uma coordenação de pesquisa, que seria a ligação entre as entidades e também faria a ponte com a comunidade”, destaca Vargas.
O presidente da FEPAGRO, Adoralvo Schio, escutou todas as considerações e se colocou a disposição para junto com a comunidade serem encontradas alternativas para um melhor aproveitamento da pesquisa agropecuária na região, e para a atual situação do centro de pesquisa.
Prestigiaram os debates: o prefeito em exercício de Santa Rosa, Luís Antônio Benvegnú (PSB); os deputados estaduais – Jeferson Fernandes (PT) e Aloísio Clasmann (PTB); a vice-presidente do Corede Fronteira Noroeste, prefeita de Porto Vera Cruz, Vanice Helena Andrade de Matos; vereador de Independência, Diomar Auzani; presidente da Assep (Associação de Servidores da Pesquisa Agropecuária), Samuel Alvarenga; coordenador regional de Agricultura, Airton Beltinger – representando a secretaria estadual de Agricultura e Pecuária; o prefeito de Três de Maio, Olívio Casali, representando a Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa; presidente da Coopermil, Joel Capeletti; Cotrimaio, Charles André Neuhaus; da Cooperluz, Querino Volkmel; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alegria, Valeri Cecconi; diretor do SETREM, Flávio Magedanz; 14ª Coordenadoria Regional de Saúde, Jorge Leandro Krechowiecki e Cornélio Alves dos Santos; Associação dos Apicultores de Santa Rosa, João Anselmo Thiele; secretaria de Agricultura de Nova Candelária, Jorge Luiz Steiger; Faculdade Horizontina (Fahor), Jaquelino Primo Nogueira de Sá; secretaria de agropecuária de Santa Rosa, Aldir Luis Mallmann; secretaria de Agricultura de Alegria, Paulo César Heudt; Adefisa (Associação dos Deficientes Físicos de Santa Rosa), Rosemeri de Mattos da Silva; secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Três de Maio, Dilson José Mireski e Eliandro Strossi; Escola Estadual Técnica Fronteira Noroeste, Rosane Maria Molinar; 13ª Coordenadoria Regional de Educação, Seres Teresinha Führ; representantes da Fepagro dos municípios de: Santa Rosa e Porto Alegre; servidores da Emater dos municípios de: Alegria, Santa Rosa, Tuparendi, e Três de Maio; assessores parlamentares, servidores públicos e comunidade em geral.
Assessoria de Comunicação Social
Gabinete da deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB)