Brasília (DF) – Empresa gigante na América Latina e no ranking mundial do setor, a Petrobras não o exemplo de transparência esperado, segundo especialistas. O jornal O Globo, na sua edição desta quinta-feira (20), ressalta que o sistema de governança da estatal não é condizente com o caráter de companhia de capital aberto, com incontáveis acionistas minoritários, dentro e fora do país.
A reportagem reitera que há informações sobre grandes acordos feitos com dinheiro da empresa, a maior investidora e compradora individual de máquinas, equipamentos, e muitos outros itens no mercado interno. E estes rumores não são de hoje.
A informação mais recente, publicada no jornal Estado de S. Paulo na sua edição de ontem (19), sobre a participação da presidente Dilma Rousseff, em 2006, ainda como presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ministra-chefe da Casa Civil.
A operação se refere à refinaria localizada no Texas (EUA), comprada por um grupo belga por US$ 42,5 milhões e cuja metade foi vendida à Petrobras, um ano depois, por US$ 360 milhões. Mais grave: depois até de luta judicial, a refinaria saiu para a estatal por US$ 1,2 bilhão.
Há, ainda, em curso, o caso da denúncia de mais de US$ 100 milhões em propinas que teriam sido pagas na estatal pela SBM, holandesa, locadora de plataformas. É urgente a investigação rigorosa de tantas suspeitas, ressalta O Globo.