Brasília (DF) – O Fundo Monetário Internacional reduziu, pela quinta vez consecutiva, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As previsões mostraram que a economia deve crescer apenas 1,3% em 2014. Segundo avaliação do deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), a situação econômica do país é “catastrófica” e “mancha ainda mais” o final do mandato da presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a reportagem publicada nesta quinta-feira (24) no jornal Folha de S. Paulo, a previsão em abril era de que a economia iria crescer 1,8%. Para 2015, a revisão para baixo foi similar – de 2,6% para 2%.
O tucano afirmou que o mandato do PT enterrou a economia brasileira, fazendo o país diminuir cada vez mais a geração de empregos.
“É lamentável observar o péssimo legado que a presidente nos deixa. Vamos terminar 2014 com um Pibinho catastrófico e um crescimento pífio”, afirmou ele.
O Panorama Econômico Mundial, relatório do FMI, também revisou para baixo as duas maiores economias do mundo. Segundo a análise, os EUA crescerão, 1,7% neste ano (contra 2,8% previstos anteriormente) e a China, 7,4% (em abril a previsão era de 7,6%).
Expectativa
A expectativa do governo brasileiro era maior do que a apresentada pelo FMI. Nesta terça-feira (22), o Ministério da Fazenda cortou a projeção de expansão do PIB em 2014 de 2,5% para 1,8%. Essa previsão faz parte do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento do ano.
Ainda nesta quinta-feira (24), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que, com a queda da atividade industrial, a economia brasileira crescerá apenas 1% este ano.
Aperto
De acordo com o Fundo, no Brasil, as condições financeiras mais apertadas e uma prolongada falta de confiança entre o empresariado e os consumidores são as responsáveis por segurar os investimentos e o consumo.
A reportagem destacou ainda que os economistas do FMI sugerem “urgentes reformas estruturais para fechar lacunas de infraestrutura, aumentar a produtividade e levantar o potencial de crescimento”.