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Polícia Federal investiga venda de refinaria da Petrobras na Argentina

petrobras1Brasília (DF) – Mais um negócio da Petrobras entrou na mira da Polícia Federal. Segundo reportagem desta quinta-feira (3) publicada no jornal Folha de S. Paulo, o órgão decidiu abrir outro inquérito – o terceiro – para investigar negócios da empresa. Desta vez, a venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina, para o grupo Oil Combustibles S.A., do empresário Cristóbal Lopez, amigo da presidente Cristina Kirchner.

Os policiais pretendem apurar se houve o crime de evasão de divisas. Os outros negócios da Petrobras investigados pela PF são a compra bilionária da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e a suspeita de pagamento de propina por uma fornecedora holandesa da estatal, a SBM Offshore.

Apurações

Para o deputado federal Cesar Colnago (PSDB-ES), a nova denúncia é grave e expõe a fragilidade da administração da estatal.

“A história da Petrobras sempre orgulhou os brasileiros, desde sua fundação. Porém, hoje você vê que a turma tomando conta da empresa nos últimos dez anos se apropriou do patrimônio dos brasileiros. Promoveram uma privatização às avessas, com a malversação dos recursos públicos”, afirmou.

O parlamentar defendeu ainda o aprofundamento das investigações. “Toda essa história deve ser muito bem apurada, e o caso esclarecido. Se houve dolo, os responsáveis devem pagar por suas ações. A nova lei que entrou em vigor este ano, a 12.846, fala com clareza sobre a punição a empresas envolvidas em fraude ou corrupção”, disse. “O papel da Polícia Federal, dos órgãos de controle e da própria CPI, é fundamental para esclarecer essa questão ao povo brasileiro”.San Lorenzo

O caso da refinaria de San Lorenzo também é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo a Polícia Federal, os termos da negociação com os argentinos podem ter provocado prejuízos à Petrobras. De acordo com a Folha, o grupo argentino estava disposto a pagar, em outubro de 2009, até US$ 50 milhões pelos ativos da refinaria.

Sete meses depois, a Petrobras anunciou a venda por US$ 36 milhões, valor 28% menor que o teto estabelecido internamente pela Oil Combustibles S.A. A negociação foi intermediada por um escritório de advocacia brasileiro.

 

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