As estatais brasileiras vão recorrer à demissão de empregados para cobrir os rombos acumulados nos 13 anos de governos do PT no comando do país. Segundo reportagem do jornal Correio Braziliense desta terça-feira (28), os Correios já estudam dispensar até 25 mil trabalhadores para fechar as contas de 2017, após acumular um prejuízo de R$ 4 bilhões nos últimos dois anos. Entre 2006 e 2015, a folha de pagamento da empresa cresceu de R$ 3 bilhões para mais de R$ 7 bilhões, o que passou a representar 62% dos gastos totais da estatal.
No mesmo período, subiu de 107 mil para 118 mil o número de empregados, enquanto o tráfego de objetos caiu de 8,6 bilhões para 8,2 bilhões. Outro exemplo dado pela reportagem é o caso da Telebras, empresa reaberta pelo governo Dilma Rousseff, que aumentou os gastos com pessoal em um pouco mais de 39%, entre 2015 e 2016, e cujo patrimônio negativo saltou para mais de R$ 769 milhões nesse mesmo período.
A deputada federal Yeda Crusius (PSDB-RS) lamenta pelos números alarmantes, e não tem dúvida de que essas empresas foram dilapidadas pelos esquemas de corrupção, loteamento político de cargos e má gestão testemunhados nos últimos anos.
“As empresas estatais durante a gestão do PT optaram por encher a folha, fazer uma festa e distribuir o que não tinham. E assim começaram a sangrar. Elas foram sangrando ano após ano e perdendo a sua substância, a sua finalidade. Passou a ser um cabide de emprego e, com isso, prejudicaram os verdadeiros trabalhadores.”
Diante desse cenário, Yeda Crusius reafirma a importância da Lei de Responsabilidade das Estatais, idealizada pelo PSDB e sancionada pelo presidente Michel Temer. Com a criação de regras mais restritivas para nomeação de diretores e conselheiros em empresas estatais, Yeda assegura que as pressões de indicações políticas para cargos estratégicos vão cair, o que vai impactar diretamente na gestão desses grupos.
“Quando a gente não apenas propõe, mas pratica, isso que é importante. Não é preciso provar que existe uma relação total entre pessoas qualificadas para ocupar postos em estatais e o resultado delas. É só ver hoje o BNDES e a Petrobras. A gente ainda não conseguiu consertar a Petrobras, mas a direção – desde o presidente Pedro Parente até os outros diretores – veio pela qualificação. Estão conseguindo, aos poucos, conquistar o déficit zero. E a mesma coisa se faz a partir do BNDES.”
Outra estatal que permanece no prejuízo é a Petrobras, vítima do esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato. Em 2016, a empresa sofreu prejuízo de quase R$ 15 bilhões, o terceiro ano consecutivo de resultados negativos. Mas mesmo com os números ruins, a companhia luta para reduzir o endividamento, que já caiu em 20% desde o ano passado.
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