O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a instituição teria que pedir ajuda ao governo federal no ano que vem caso não promovesse um plano de corte de gastos, que inclui a extinção de 9.300 cargos, o fechamento de 402 agências bancárias e a transformação de outras 379 em postos avançados.
O executivo também revelou à reportagem do jornal que, até o momento, 6.700 funcionários já aderiram ao plano de incentivo à aposentadoria e que a expectativa do Banco do Brasil é de que este número chegue até 9 mil ou 10 mil adesões. Caffarelli ainda afirmou que a instituição não estuda um plano de demissão voluntária para cortar funcionários.
“Não, não estamos estudando plano de demissão voluntária. Nossa expectativa é de resolver isso com esse processo de antecipação [de aposentadoria]. Tem o “turnover” [rotatividade] também, de 2.000 pessoas em média [aposentadorias, falecimentos e demissões]. Há um número muito grande ainda que deve aderir. [O ajuste] está sendo feito em razão da transformação digital e da necessidade de redução de despesas pelas exigências de capital”, disse o presidente do Banco do Brasil.
Segundo Caffarelli, com a adesão de 9 mil funcionários ao plano de incentivo à aposentadoria, o Banco do Brasil terá uma economia de R$ 2,130 bilhões. No caso de as adesões chegarem a 10 mil e 15 mil, este número chegaria a 2,232 bilhões e R$ 2,742 bilhões, respectivamente.
“Temos um custo de folha de pagamento de R$ 3 bilhões a mais que nossos concorrentes. Apesar de as despesas administrativas estarem em linha com as do mercado, ao comparar a folha de pagamentos com as de Bradesco e Itaú, nosso custo se mostra bem superior. Não posso achar que chegarei ao custo deles porque temos capilaridade muito maior, mas tentaremos reduzir ao máximo”, destacou.
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