Brasília (DF) – A recessão atingiu em cheio a economia brasileira, que fechou 2015 com queda de 4,08%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), o desempenho é o pior desde 2003. O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). Para o deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG), o resultado é “lamentável” e resulta na falta de confiança dos empresários na economia.
“O Brasil está deteriorando. Falta confiança e perspectiva de que esse governo possa fazer o que é necessário para o país voltar a crescer. Hoje, o empresário que vive no país e tem algum dinheiro para investir está especulando uma margem de juros muito alta. Em vez de investir, gerar empregos, ampliar os seus negócios, ele está deixando o dinheiro guardado para especular. Tudo isso tem gerado um avanço no desemprego, que vai aumentar”, afirmou.
De acordo com o jornal Valor Econômico, os dados captam tanto a contração da indústria, que foi de 8,3% em 2015 (pior desde 2003), quanto a queda de 4,3% do varejo (pior desde 2001). O setor de serviços encolheu 3,6% em volume no ano passado, mas teve alta nominal de 1,5% em faturamento.
O tucano declarou que a estratégia do governo de aumentar impostos não deve ajudar no crescimento do país. Segundo Narcio, a elevação dos tributos não deve colaborar na arrecadação.
“Quando o governo aumenta o imposto, não necessariamente vai aumentar a arrecadação. O que na minha opinião vai acontecer é que, como todos já estão no limite do pagamento do imposto, vai aumentar a sonegação. Esse é a grande problema. Isso não ajuda a crescer a receita. O que ajuda é o pais voltar a crescer e isso não está acontecendo”, reiterou.
A reportagem informou ainda que a projeção do BC para 2016 prevê queda de 3% na atividade econômica do país. O resultado oficial do PIB será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no próximo dia três.