Não é crível” que Lula não soubesse dos desvios na Petrobras. A afirmação está no pedido de busca e apreensão do Ministério Público contra o ex-presidente da República, que ocorreu nesta sexta-feira (4).
No pedido, os procuradores alegam que o esquema de corrupção envolvendo a petrolífera brasileira continuou após a saída do ex-ministro José Dirceu do governo. O fato fortaleceria a versão de que alguém com uma “posição hierárquica superior” comandava o esquema. As informações são de matéria publicada hoje (4) pelo site do jornal Folha de S. Paulo.
No documento, os procuradores da Lava Jato afirmam que o esquema de corrupção na estatal continuou após a saída do ex-ministro José Dirceu do governo, o que demonstra que alguém, “ocupante de cargo de mesma ou até superior posição hierárquica no governo, participava do esquema”. O Ministério Público também compara a empresa de palestras do ex-presidente com empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.
Foram usadas como argumento as declarações públicas do petista, como por exemplo, uma entrevista concedida pelo ex-presidente em 2005 em que ele afirmou que o PT usou caixa dois em sua campanha eleitoral.
Entre as provas mencionadas pelos procuradores estão, em detalhes, os pagamentos da LILS, empresa de palestras e eventos do petista e do Instituto Lula.
No documento, os procuradores pediram três prisões temporárias que não foram concedidas pelo juiz Sergio Moro: o ex-tesoureiro José Filippi Júnior, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-executivo da empreiteira OAS Paulo Gordilho.