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Procuradoria da Venezuela denuncia violações aos DH

A Procuradoria da Venezuela está investigando uma série de violações aos direitos humanos durante os protestos contra o regime de Nicolás Maduro no país. Em uma denúncia apresentada nesta semana, o órgão também denunciou um general de alta patente das Forças Armadas venezuelanas por abusos contra os manifestantes. Ainda de acordo com a Procuradoria, cerca de 23 pessoas podem ter morrido nas mãos de policiais e militares.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) lamenta a situação do país vizinho, e pede liberdade democrática para os venezuelanos.

“A situação da Venezuela está cada vez mais grave. Nós estamos solidários ao povo da Venezuela e esperamos que não haja violência, derramamento de sangue, que o povo  da Venezuela possa encontrar o seu destino, resolver o seu problema interno. O que nós podemos fazer, registrar, é o nosso apelo pela democracia, pela liberdade, pelo respeito aos direitos humanos. E esperamos que os poderes legislativos, judiciários, possam se pronunciar a favor da liberdade democrática.”

O general denunciado foi retirado do cargo pelo presidente Nicolás Maduro, um dia depois da morte de um manifestante de 17 anos que levou um tiro à queima-roupa em meio a um protesto na capital Caracas. Hauly aponta a saída do presidente venezuelano como única alternativa para sanar a crise no país.

“Eu não vejo saída para o governo Maduro. Aqui de longe, é óbvia a destruição da economia. Não há futuro para esse governo Maduro.  A preocupação é muito grande. Hoje, a gente tem muita consideração com o povo da Venezuela. Estamos muito entristecidos por conta da pobreza, da miséria, da falta de liberdade e pela violência contra o povo da Venezuela”, disse o tucano.

A intensa onda de manifestações contra o presidente venezuelano começou há quase três meses. Até o dia 15 de junho, foram registradas mais de 3.200 prisões, 79 mortes e centenas de pessoas feridas. Durante essas prisões, surgiram diversas denúncias de tortura, agressão, violência sexual, abuso e violação dos direitos humanos. A crise no país também ultrapassa fronteiras, como as do Brasil, onde 30 mil venezuelanos se refugiaram no estado de Roraima.

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