PSDB – RS

Projeto de Wesp busca estabelecer seguro para garantir conclusão de obras públicas

Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei de autoria do líder da Bancada do PSDB, deputado Mateus Wesp, que altera a Lei de Licitações e cria no Estado a contratação de um seguro-garantia para as obras públicas e prestação de serviços. A partir da iniciativa, o governo gaúcho poderá acionar o seguro para receber uma indenização da empresa responsável pelo trabalho. Segundo Wesp, a seguradora também ficaria comprometida com a conclusão do contrato.

O parlamentar explicou que, a partir do seguro-garantia, diminuirá significativamente os casos de obras iniciadas e não terminadas impunemente. Wesp ressaltou que o projeto garente mais eficiência e transparência na contratação entre o poder público e empresas privadas, reduzindo as oportunidades de má gestão e de corrupção. “Estamos dando o primeiro passo para resolver esse tipo de problema. Pela falta de mecanismos suficientes para garantir a sua conclusão, muitas obras estão paradas, gerando prejuízos”, concluiu.

A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia. O projeto deve avançar no segundo semestre do ano. Estima-se que há pelo menos cinco mil obras paradas em todo o país.

O PROJETO

Como é hoje, na Lei de Licitações:

1) Seguro é uma garantia que cobre, no máximo, 10% do valor da obra.
2) Não garante a sua conclusão.
3) Muito pouca utilidade na prática e quase não se usa.

Como fica no nosso projeto:

1) Não coloca limite ao valor da cobertura, pode abranger todo o valor da obra ou do serviço contratado pelo Estado.
2) Garante a conclusão da obra e a entrega dos serviços.
3) Nas obras, a seguradora fiscaliza o projeto básico e a execução até o final, para garantir a qualidade.
4) Se a empreiteira não conclui a obra no prazo ou na qualidade desejada, a própria seguradora assume a gestão do contrato administrativo e o conclui, além de indenizar o Estado pelo atraso.
5) A seguradora também se interpõe nas relações entre as empreiteiras e o poder público, reduzindo os contatos diretos entre agentes público e representantes de empreiteiras, e as consequentes oportunidades para corrupção.
6) Não se perde tempo e dinheiro do Estado com obras paradas e com processos de relicitação.
7) Garante o mais importante que é a obra bem feita e entregue à população.
8) Resultado final: mais eficiência, mais transparência e menos corrupção.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

Ver mais