Ao anunciar os nomes dos ministros e sub-secretários que irão compor seu governo, o presidente mais jovem da história da França, Emmanuel Macron, demonstrou que está empenhado em fazer uma revolução política. Macron mais uma vez atraiu olhares por respeitar a igualdade de gênero e compor sua equipe com 11 mulheres e 11 homens. A presidente do PSDB Mulher, Solange Jurema, elogiou a iniciativa do novo mandatário e disse que essa atitude deve servir de exemplo aos outros países.
“O Macron está dando lição de vida para o mundo em vários sentidos. Não só por ele respeitar essa paridade entre homens e mulheres reconhecendo o quanto é importante ouvir os segmentos da sociedade, porque realmente a mulher traz um olhar importante. E todos os países que tem um Índice de Desenvolvimento Humano [IDH] melhor, tem paridade entre homens e mulheres nos seus governos. E isso demonstra a importância de se buscar opiniões diferentes, olhares diferentes, e a enorme contribuição que as mulheres pode trazer.”
A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) também teceu elogios ao novo presidente da França e afirmou que sonha com um Brasil onde exista a paridade de gênero, principalmente, na política. A parlamentar destaca que a população brasileira é composta em sua maioria por mulheres e que o número de representantes no parlamento está muito aquém da necessidade.
“Acho de extrema importância a gente ter uma condição de fazer com que as mulheres participem, estejam dentro de todo o contexto político, e principalmente, esteja dando abertura de espaço. Muitas vezes a gente sabe que no serviço público e no meio político é colocado muito mais homens do que mulheres. E esse desprestígio tem que acabar. Nós temos que ter um país de mais igualdade. Temos muitas mulheres com potencial, mas o grande problema é que muitas vezes os homens não dão esse espaço.”
Em 2016, o Brasil ocupou no ranking do Índice Global de Desigualdade de Gênero, publicado anualmente, a 79ª posição. O Fórum Econômico Mundial examinou as diferenças de oportunidades para homens e mulheres em 144 países. O estudo demonstrou que, no ritmo atual, seriam necessários 95 anos para que mulheres e homens atingissem situação de plena igualdade no Brasil. O relatório ainda destacou que as brasileiras têm um desempenho melhor que os brasileiros nos indicadores de saúde e educação, mas ainda enfrentam acentuada discrepância em representatividade política e paridade econômica.