Enquanto a presidente Dilma Rousseff coloca no “saldão de varejo” o Ministério da Saúde para tentar escapar do impeachment, seu governo autoriza o reajuste de até 12,5% no preço dos medicamentos. É a primeira vez, em dez anos, que o valor fica acima da inflação.
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo deste sábado (2), o novo índice foi definido pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), composta por representantes de cinco ministérios, e publicado no Diário Oficial da União. Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste que passou a valer a partir desta sexta-feira (1º).
A previsão da indústria é que o reajuste não deve chegar imediatamente às farmácias, apenas quando houver a reposição dos estoques. No entanto, os brasileiros já vêm sofrendo há meses com a falta de remédios nos estabelecimentos. Em algumas cidades do interior essas faltas chegam a até 50%. Em Salvador, por exemplo, um remédio para hipertensão que antes era encontrado por R$ 56, agora já passou a custar R$ 64,99.