A reunião da Executiva Nacional do PSDB, nesta quarta-feira (9), em Brasília, marcou a unidade do partido em torno de um projeto eleitoral e político em favor do país. Os tucanos decidiram aprofundar os debates sobre Reforma Política, analisar as propostas ainda sem consenso e retomar os princípios da legenda.
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), disse que o esforço é para adotar posições que avancem nas demandas que a sociedade tem até as eleições de 2018.
“O PSDB precisa encontrar um caminho que leve o partido para um projeto compreendido pela sociedade e que permita a nós todos, tucanos do Brasil inteiro, fazermos um trabalho para devolver ao país um governo que seja realizador e empreendedor”, disse Bauer.
O secretário-geral do partido, deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), afirmou que o objetivo da legenda é promover mudanças que acelerem o processo político interno de tal maneira que os tucanos se sintam estimulados para enfrentar as urnas no próximo ano.
“Teremos também uma revisão do nosso estatuto, uma atualização do nosso programa para o governo”, afirmou Torres referindo-se a temas como a definição de um calendários para as convenções municipais, estaduais e Nacional até dezembro.
Reforma política
Durante a reunião, integrantes da executiva decidiram que as discussões sobre a Reforma Política devem ser ampliadas para o âmbito regional, quando as lideranças e militantes devem opinar sobre cada tema em debate. Internamente há consenso sobre a cláusula de barreira, o fim das coligações proporcionais e o voto distrital misto.
“Reiteramos nossos compromissos com as reformas, independentemente, de cargos no governo. Essa é a posição clara do PSDB. Nós não precisamos de cargos, mas estaremos juntos com aquelas propostas do governo que vão na direção das reformas e de melhorar a questão da economia no Brasil”, destacou Torres.
Vice-presidente da Comissão Especial da Reforma Política na Câmara, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) ressaltou que há duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tratam sobre o tema em tramitação na Casa.
De autoria dos senadores tucanos Ricardo Ferraço (ES) e Aécio Neves (MG), que dá fim às coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) e cria uma cláusula de barreira para a atuação dos partidos políticos, uma das propostas é consensual.
“A outra PEC diz respeito ao financiamento e ao sistema eleitoral. Está amadurecendo. São temas polêmicos, mas a ideia é fazer a transição em 2018 por meio do sistema conhecido como distritão”, completou o deputado referindo-se à PEC cuja relatora é a deputada Shéridan (PSDB-RR).