Em duas semanas, a presidente Dilma perdeu dois ministros e ficou nítida sua incapacidade de gerenciar o país, acredita o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). Da tribuna, o tucano lamentou a falta de diálogo da petista com o Congresso Nacional, a sociedade e seu próprio partido. “Alguém aqui pensa que Dilma está no comando de algum governo?”, questionou.
Isolada, a presidente Dilma perdeu apoio inclusive do presidente do Congresso, Senador Renan Calheiros. Em reunião na manhã desta quarta-feira (25), ele afirmou: “o país quebrou. Eles quebraram o país”, divulgou o site da “Veja”.
O peemedebista defendeu que o governo apresente um plano de cortes na máquina pública, e não aumentando impostos. “Agora, o Levy tem um fim de semana para elaborar esse plano e nos mostrar”, disse Renan em referência ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “O senador Renan Calheiros afirmou em alto e bom som que Dilma quebrou o país. Não conheço prova maior de ingovernabilidade”, disse Sampaio.
O tucano citou ainda um conselho curioso do ex-presidente Lula ao senador Paulo Paim (PT-RS). Paim teria dito a Lula que não teria condições de votar a favor do ajuste fiscal – contra os direitos trabalhistas. Em resposta, o ex-presidente afirmou que o senador não deveria trair sua consciência e que “em nenhum lugar está escrito que ele tem que votar como quer o governo”. “Ouçam os conselhos de Lula, não firam suas consciências. Nada é pior para o país que o governo do PT”, destacou Sampaio.
Ajuste fiscal – Sampaio lamentou a tentativa da presidente Dilma de mandar para os brasileiros a conta do seu desgoverno. Ele defendeu a derrubada de propostas de ajuste fiscal que penalizem o trabalhador e o aposentado, como quer a gestão petista. Já tramitam no Congresso duas medidas provisórias que alteram regras de concessão de direitos trabalhistas como o seguro desemprego, o abono salarial do PIS/Pasep e a pensão por morte.
Em vez de cortar na própria carne, Dilma preferiu mandar a conta do desgoverno para o cidadão, lembra o líder. Sobrou para o povo o aumento da gasolina e da energia elétrica, e a inflação. “Votemos não a esse ajuste fiscal”, cobrou o líder.
Do PSDB na Câmara