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Standard & Poor’s rebaixa nota de crédito do Brasil mais uma vez

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff recebe o presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, no Palácio do Planalto. Ao lado, o ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff recebe o presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, no Palácio do Planalto. Ao lado, o ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou novamente a nota de crédito do Brasil nesta quarta-feira (17). O rating brasileiro na instituição passou de “BB+” para “BB”, o que enterra ainda mais o país no grupo de maus pagadores. Na visão do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), não há nenhuma surpresa no anúncio deste novo rebaixamento. Para ele, este tipo de notícia faz com que cada vez menos investidores estejam dispostos a fazer negócio no Brasil.

“O Estado é como qualquer empresa. Se não cumpre o seu papel fiscal, se não tem responsabilidade fiscal nem social, se não tem ética na condução dos seus trabalhos, automaticamente passa a ser mal visto. A expressão ‘mau pagador’ pode ser traduzida em ‘caloteiro’. Ninguém quer fazer negócio com quem não é confiável. E o Brasil, infelizmente, é visto agora perante o mundo, principalmente na economia, como um país inconfiável. Os grupos internacionais que pensam em investir correm, fogem do Brasil”, analisou o parlamentar.

De acordo com matéria publicada pelo portal UOL, além de rebaixar a nota, a S&P ainda atribui perspectiva negativa à classificação do Brasil, o que indica que o país pode ter notas ainda mais baixas na avaliação da empresa em um futuro próximo. Nilson Leitão avalia o quadro que se apresenta ao país como o pior possível, por conta de falta de atitudes do governo.

“Você não consegue melhorar a sua situação se você não tem uma atitude para isso. Você tem que mudar o rumo. Se não mudou o rumo, não mudou a estratégia, não mudou o comportamento, não há como ter uma perspectiva de mudança. O país está vivendo um atentado do ponto de vista ético, diante da incompetência e da inoperância. É claro que não existe uma luz do fim do túnel, ao contrário disso. Nós estamos perdendo até o túnel nesse momento em que a crise passa a ser a figura explícita da presidente da República”.

O Brasil já perdeu o selo de bom pagador tanto na Standard & Poor’s quanto na Fitch. A Moody’s, única instituição dentre as três principais agências que ainda mantém o grau de investimento do Brasil, já sinalizou que também pode rebaixar o rating brasileiro por conta das complicações no cenário político.

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