Brasília (DF) – A maioria dos argumentos apresentados pelo governo federal na defesa sobre as irregularidades nas contas de 2014 deve ser rejeitada pela área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU). Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (24) destacou que o parecer de auditores da Secretaria de Macro avaliação Governamental (Semag) deve recuar de no máximo quatro das 15 distorções apontadas no balanço da União.
De acordo com técnicos da corte, o entendimento dos auditores, de que as ‘pedaladas fiscais’ são irregulares, já está consolidado e não haverá mudança de opinião sobre as manobras.
Segundo a reportagem, a discussão da equipe técnica gira em torno da possibilidade do relatório se limitar a descrever as conclusões sobre cada um dos 15 pontos ou se se será mais incisivo, recomendando aos ministros do TCU a reprovação das contas da presidente Dilma Rousseff.
O ministro Augusto Nardes, responsável por conduzir o caso, tem dito que vai votar pela rejeição das contas de Dilma. A tendência é que a maioria dos ministros o siga. A sessão deve ser marcado para o dia sete ou 14 de outubro.
Passado
Ainda de acordo com o jornal, na última terça-feira (22), o governo enviou ao TCU novas normas para reger repasses do Tesouro Nacional a bancos, como forma de sinalizar que as “pedaladas” ficaram no passado. Para os auditores, no entanto, o gesto não terá muito efeito, pois já há regras proibindo a prática e, na avaliação deles, o governo as descumpriu.