
Entretanto, uma das chapas — a de Bogo — foi protocolada depois das 16h, prazo final para a inscrição, o que pode ocasionar a impugnação da chapa. Segundo o atual presidente estadual dos tucanos, deputado estadual Adilson Troca (PSDB), a possibilidade de essas três candidaturas se fundirem em uma chapa de consenso não está descartada. O próprio deputado Redecker está disposto a isso. “Acredito que o momento é de unir o partido, não podemos rachá-lo. O momento é de diálogo, inclusive entre as chapas. Temos duas semanas agora para tentar uma chapa de consenso antes das eleições do diretório gaúcho”, comentou. Mas, no atual cenário, no qual são adversárias, as três candidaturas almejam o diretório municipal de Porto Alegre — cuja eleição da nova diretoria, inclusive do novo presidente, vereador Mario Manfro, está sendo questionada pela instância nacional do partido. A chapa vitoriosa tem o maior número de delegados aptos a votarem na eleição estadual. Sexta-feira passada, o vice-presidente nacional dos tucanos, deputado federal Bruno Araújo, publicou uma resolução que suspende a participação desses delegados municipais na convenção estadual do partido. As 10 zonas da Capital poderiam somar até 63 representantes, mas, neste ano, como duas delas tiveram eleições anuladas por não atingirem o quórum mínimo, serão 52 delegados.
O impasse no diretório da Capital pode ser uma oportunidade para conquistar os votos dos delegados. Por isso, os candidatos ao diretório estadual têm interesse em resolver o imbróglio. “Poderia ter havido mais diálogo para evitar o desgaste que o PSDB de Porto Alegre está tendo. Queremos conversar com o diretório nacional para ver se a intervenção é realmente necessária. Mas, claro, sempre respeitando a hierarquia do partido”, comentou Redecker.
Publicado no Jornal do Comércio de 03/06/2015