Brasília (DF) – O elo mais fraco da crise econômica que assola os brasileiros é sempre o trabalhador. É o que mostra o “Salariômetro”, um estudo elaborado desde 2007 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Segundo o levantamento, quase um quinto dos acordos coletivos firmados em janeiro deste ano resultou na redução da jornada e no corte de parte do salário dos trabalhadores.
As informações são de reportagem publicada nesta terça-feira (23/02) pelo jornal O Globo. Enquanto em janeiro de 2015 foram duas as negociações com imposição de perdas aos trabalhadores, em janeiro deste ano o número saltou para 50, de um total de 261 acordos firmados.
Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), a redução do salário dos trabalhadores impacta diretamente na renda das famílias brasileiras, e é um indicativo do nível da recessão que o país enfrenta.
“Isso demonstra que o país está vivendo uma grande recessão, é um indicativo direto de que estamos ganhando menos, estamos perdendo empregos. Para não perderem mais ainda por esse motivo, as pessoas acabam sendo obrigadas a fazer essas negociações. Estamos caminhando para o fundo do poço por conta desse desgoverno que nós temos, que está desempregando, famílias estão perdendo renda em virtude desse conjunto de ações malfeitas do governo”, afirmou.
O parlamentar destacou que o governo esgotou suas políticas e falhou em propor alternativas para tirar o país da crise.
“Esse governo não tem mais condição de fazer nada, não tem mais saída. A única saída para o Brasil é a saída desse governo do poder. É preciso uma outra pessoa, outro partido, que possa estabelecer um mínimo de confiança para iniciar o processo de recuperação e crescimento do país. Esse governo, tenho certeza, não tem mais condições de administrar esse país”, completou o tucano.