Na manhã de quinta-feira (24) a deputada Zilá Breitenbach (PSDB), esteve na sede do Instituto Geral de Perícias (IGP), reunida com o diretor geral, José Claudio Garcia, buscando informações sobre os prazos dos exames periciais ao se refere ao caso da morte do menino Bernardo Boldrini.
“Recebi muitas ligações da comunidade, e tenho acompanhado de perto o caso, então vim buscar informações para saber se a perícia está atrasada realmente devido a um aparelho, necessário para um determinado exame, estar quebrado”, explica Zilá.
Conforme Garcia o aparelho realmente está estragado, mas os exames periciais do caso Bernardo não estão atrasados. “O IGP recebeu o material para os exames na quarta-feira passada, na quinta-feira já iniciaram os mesmos. Inclusive alguns resultados já devem ser apresentados amanhã (sexta-feira 25). Quanto ao exame que precisa ser feito com o homogeneizador de tecidos já conseguimos iniciar o processo devido a uma parceria estabelecida com a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). Nada deixou de ser feito por falta do equipamento, acontece que alguns processamentos são mais demorados e além disto tivemos vários feriados nos últimos dias”, explica Garcia.
O diretor deu mais detalhes técnicos sobre os exames periciais que estão sendo feitos. A deputada continuará acompanhando o caso, e buscando informações sobre o andamento da perícia. “Este laudo é muito importante para esclarecer a real causa da morte de Bernardo, e também para estabelecer a pena dos culpados por um crime tão brutal”, diz Zilá.
Deputada Zilá também se manifesta sobre o Caso Bernardo na tribuna
Na Sessão Plenária desta terça-feira (22), a deputada Zilá Breitenbach (PSDB) usou a tribuna para comentar o crime que tirou a vida do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, em Três Passos.
A parlamentar que atuou como professora no município e também foi prefeita, lamentou o acontecido com o menino que frequentava a casa de seu filho e era amigo de sua neta. Zilá defendeu que o que falta para a sociedade é um olhar mais atento para as famílias e para a educação.
“Temos que olhar mais para as crianças, temos que ouvir o que elas dizem e o que, muitas vezes, caladas não falam. Temos que decifrar a linguagem das crianças”, ressalta a tucana.
Em seu pronunciamento a deputada disse que as leis devem ser rediscutidas, e que um crime como este não pode deixar livres os culpados. “O que temos que fazer? Nós, responsáveis pelas leis, precisamos criar diferentes penas. A pena para crimes hediondos precisa ser diferenciada, e a sociedade precisa se mobilizar nesse sentido”, afirma.
Zilá lembrou ainda que existem muitos outros meninos e meninas como o Bernardo espalhados pelo país, sofrendo maus tratos e abusos da família, dentro de casa, no local onde deveriam se sentir acolhidas. Para evitar que brutalidades como esta cometida com Bernardo se repitam, é necessário que se endureçam as leis. “Sou a favor de uma pena mais severa para pessoas que praticam este tipo de crime. Além de um elevado índice de impunidade, nossas leis são limitadas para crimes dessa natureza”, explica.
A deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa ás Vítimas de Violência, disse que o município está enlutado e assim permanecerá por muito tempo. O menino Bernardo era amado e acolhido pelas famílias do de Três Passos, como parlamentar Zilá diz que pretende continuar engajada acompanhando as investigações, para que a justiça seja feita neste caso e que isso não volte a acontecer em nenhum outro lugar. “Esse foi um caso de falta de coração, de falta de humanidade, precisamos agir para que não aconteçam mais” finaliza.