A grande maioria dos catarinenses quer o afastamento de Dilma Rousseff da presidência. Mais do que isso: acredita nas denúncias contra o ex-presidente Lula e considera a corrupção o maior problema do país atualmente. Esses são alguns resultados da pesquisa do Instituto Mapa, que aborda as percepções dos catarinenses sobre alguns assuntos que estão em destaque na mídia nacional.
O levantamento ouviu 1 mil pessoas em todas as regiões do Estado no período de 11 a 19 de março. Cerca de três em cada quatro entrevistados (76,8%) manifestaram o desejo de afastamento da presidente Dilma, sendo que 38,9% desejam o impeachment e 37,9% querem a renúncia da presidente; 16% querem que ela continue a governar até o final do mandato e 6,1% têm outras expectativas, como da volta do regime militar ou que Dilma atue de forma diferente.
Já em relação às denúncias contra o ex-presidente Lula, cerca de um quarto da população pesquisada (72,3%) declararam acreditar que sejam verdadeiras. Além disto, 15% acreditam que parte é verdadeira e parte falsa, 6% creem serem falsas e outros 6% não formaram opinião sobre isso.
Presidente estadual do PSDB, o Deputado Marcos Vieira comentou os números: “Não surpreendem de forma alguma. Os catarinenses não acreditam nas mentiras do governo do PT desde as eleições, quando deram em média quase 70% dos votos a Aécio Neves. O desejo da população segue o mesmo, um basta neste governo carcomido por mentiras e corrupção”, disse o Deputado Marcos Vieira.
Corrupção assola o país
Segundo o levantamento do Instituto Mapa, a corrupção é apontada como o maior problema do país, com 26% de citações, seguida por crise política (16%) e saúde (15%). Por outro lado, o maior problema apontado pela população no âmbito mais próximo, ou seja, da sua família, é violência e segurança pública. Apontados na sequência estão: inflação, economia do país, e serviços de saúde. Os catarinenses também se mostraram pouco confiantes no futuro do país. Conforme o levantamento, metade dos catarinenses declarou quase nenhuma ou mesmo nenhuma confiança de que o país vá melhorar; contra cerca de um quarto confiando que o país vai melhorar. Neste quesito, 23,1% respondeu que tem confiança e ao mesmo desconfiança. “Estes números comprovam que a presidente Dilma e o governo como um todo não perdeu apenas popularidade, algo que pode acontecer com qualquer um que exerce um mandato. Ela perdeu a credibilidade, e isso não tem recuperação”, ressaltou Marcos Vieira.
Já em relação a expectativas sobre situação econômico-financeira de 2016 em relação a 2015, 38,5% consideram que será pior, 29,9% igual e 29,4% melhor.
Vale destacar que a pesquisa e o questionário foram concebidos antes da semana que envolveu a nomeação do ex-presidente Lula para compor o ministério da Casa Civil e parte das entrevistas foi realizada em meio a fatos como essa nomeação e manifestações populares de apoio e contra a presidente Dilma.
A pesquisa:
Período da pesquisa: 11 a 19 de março de 2016
Tamanho da amostra: 1 mil entrevistados
Público-alvo: homens e mulheres, a partir de 16 anos de idade
Margem de erro: 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos
Nível de confiança: 95%