A última pesquisa IBOPE para as eleições presidenciais de 2014 reforça a tendência do eleitorado pela mudança, já identificada por outros institutos de pesquisa. Conforme conhecem as opções disponíveis, os indecisos estão optando pela mudança. Dilma está parada desde março, praticamente oscilando dentro da margem de erro. Enquanto isso, a curva no número de indecisos cai na mesma proporção em que sobem os candidatos da oposição. Diante disso, é correto considerar que Dilma, disparadamente a mais conhecida entre os candidatos, pode ter batido num teto de intenções de voto.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a tentativa frustrada do marketing governista de tentar apropriar-se desta vontade de mudança. A pesquisa IBOPE já reflete o pronunciamento do 1º de maio, o programa partidário do Partido dos Trabalhadores e seus spots do terrorismo eleitoral. A estratégia não funcionou. Como era de se esperar, a grande exposição conseguiu estancar a queda, porém não atraiu os indecisos e Dilma apenas retomou o patamar de março.
Aécio Neves sobe na medida que fica mais conhecido. Parece valer o slogan “Quem conhece Aécio, vota em Aécio”. Apesar do crescimento do outro oposicionista, o presidenciável tucano está no caminho do segundo turno, considerando a tendência das pesquisas e os palanques regionais que estão se formando. Neste quesito, Campos está enfrentando dificuldades, enquanto Aécio está consolidando a fama de bom articulador. Diferente da eleição anterior, neste ano o candidato do PSDB tem bons palanques no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e na Bahia. Minas Gerais certamente dará ao ex-governador uma votação expressiva e em São Paulo o partido continuará mostrando sua força. Na região sul, temos ainda Beto Richa bem colocado no Paraná e a candidatura de Paulo Bauer consolidada no segundo lugar em Santa Catarina.
Em nosso Estado, o Governo Federal apresenta uma das piores avaliações do país. Tem 35% entre Ótimo/Bom e 63% de Regular/Péssimo. O que se reflete nas intenções de voto, onde Aécio aparece tecnicamente empatado com a presidente Dilma. Na campanha para o governo catarinense, o único candidato a empunhar a bandeira da mudança apontada nacionalmente será o tucano Paulo Bauer. Raimundo Colombo (PSD) e Claudio Vignatti (PT) terão o ônus de defender o governo petista, que notoriamente renega Santa Catarina. Quando a campanha começar e as opções ao continuísmo no Estado se apresentarem, certamente o PSDB será a melhor opção de mudança.
Tenho plena confiança que, em Santa Catarina vai vencer quem estiver com Aécio. Se em 2002 a “Onda Lula” tirou a eleição de Esperidião Amin, há grande probabilidade de vermos em 2014 a “Onda da Mudança” derrotar os aliados do PT.
JEFFERSON FONSECA
Secretário Geral – PSDB/SC