O maior acordo comercial da história, o pacto Parceria Transpacífico, firmado recentemente entre 12 países – Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã – trará prejuízos econômicos futuros pelo isolamento do Brasil, prejudicando também as exportações catarinenses. O alerta foi feito em plenário da Assembléia Legislativa pelo líder da bancada do PSDB, deputado Serafim Venzon.
De acordo com o parlamentar todas as análises econômicas de especialistas no setor, consideram que o acordo escancara o atraso do Brasil nas negociações comerciais internacionais, o que limita as exportações e impede maior desenvolvimento e internacionalização da economia. Para Venzon, a origem do problema esta na “ideologia do atual governo federal, que sempre foi contra uma aproximação com países de economia mais aberta, de mercado, como as dos EUA e União Européia. Por isso, se limitaram em manter o MERCOSUL e em buscar alguma associação na África e na Ásia”, observou.
Desta forma, segundo o deputado, o Brasil está ficando cada vez mais afastado das cadeias de valor globais, que permitem a movimentação de insumos com menor preço e, conseqüentemente, oferta de produtos finais mais baratos aos diversos mercados. O Pacto da parceria Transpacífico permite a redução gradual de tarifas de importação entre os 12 países, estabelece redução de barreiras comerciais, protege propriedade intelectual e define padrões para meio ambiente e questões trabalhistas.
EXPORTAÇÕES CATARINENSES – Serafim Venzon lembrou que a Câmara de Desenvolvimento do Comércio Exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC, alertou recentemente sobre a pífia presença do Brasil nos acordos internacionais e riscos que isso traz ao país e ao estado. Os empresários confirmam que o país está ficando cada vez mais para trás e defendem um acordo no Mercosul que autorize o Brasil a fazer negociações independentes porque são seis países no bloco, com interesses diferentes, o que dificulta qualquer consenso.
As dificuldades econômicas na maioria dos países do Mercosul vem derrubando os negócios entre Santa Catarina e os países do bloco, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do país referentes ao primeiro semestre deste ano. “O que se espera é que a crise acorde o governo sobre a necessidade de acordos que envolvam cadeias de valor e o Brasil firme parcerias bilaterais, especialmente com os EUA. A indústria catarinense seria beneficiada com parcerias neste sentido”, conclui Venzon.
Da Assessoria da Liderança e Bancada do PSDB