O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco confirmou, em depoimento inédito de sua delação premiada, que, em 2010, o então diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, pediu a ele uma propina de US$ 300 mil para a campanha da presidente Dilma Rousseff. Segundo Barusco, a solicitação foi feita quando o senador José Serra “encostou em Dilma nas pesquisas”.
Na época, Dilma e Serra disputavam a corrida pela Presidência. “O depoente esclarece que no ano de 2010, durante a campanha presidencial, quando Serra encostou em Dilma nas pesquisas, foi solicitado por Renato Duque a intermediar o recebimento de uma contribuição de US$ 300 mil para a campanha de Dilma”, declarou Barusco em depoimento em 26 de novembro de 2014 à força-tarefa da Operação Lava-Jato.
De acordo com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (18), Barusco afirmou que houve uma compensação no Brasil de “crédito em propinas” que o PT teria a receber de empresas por obras na Petrobras.
“Na verdade, o depoente não transferiu US$ 300 mil para a conta de ninguém, simplesmente passando ao PT um crédito em propinas a receber”, relatou.
Duque é alvo de uma das ordens de prisão da Lava-Jato. O executivo está preso desde março em Curitiba.