Ao solidarizar-se com as famílias e os municípios mais afetados pelas enchentes no estado, o deputado Serafim Venzon, líder da bancada do PSDB na Alesc, alertou que os efeitos da atual crise no país tornam o panorama ainda mais preocupante pela falta de movimentação econômica e diminuição do retorno de tributos aos municípios em geral. Na visão do parlamentar, as perspectivas não são nada animadoras e vão atingir os setores mais frágeis da sociedade em função dos cortes que estão sendo projetados pelo governo federal no orçamento para 2016.
“Enquanto a presidente Dilma evita fazer cortes mais profundos na máquina administrativa do governo e nos seus ministérios, vem agindo contra a população mais pobre e ameaçando as conquistas sociais”, criticou Venzon. A prova disso, segundo o parlamentar é que ao menos sete programas sociais foram alvo de cortes no repasse das verbas nestes últimos meses, além de cortes mais expressivos estarem previstos para o ano que vem.
Na mira estariam programas defendidos durante a campanha eleitoral como prioridades para o segundo mandato da petista. “Essa decisão da presidente mostra que seu governo é insensível, pouco criativo e não tem feito o esforço necessário para garantir o aumento de arrecadação sem precisar sacrificar a população”, observou.
No Programa Minha Casa Melhor, Venzon citou que a má-gestão fez com que o programa fosse suspenso em fevereiro deste ano, após o governo ter esgotado em 2013 quase toda a verba. Na saúde, o projeto Farmácia Popular, que disponibiliza medicamentos gratuitos ou com desconto, o corte vai acabar com os subsídios para os medicamentos vendidos na rede conveniada. O contingenciamento de cerca de R$ 480 milhões poderá afetar 3 milhões de pessoas.
“O descaso é total na saúde, na educação, com os jovens, as crianças brasileiras. É um governo que não sabe gastar o dinheiro do povo e ainda quer sacrificar com mais impostos, insistindo em defender a volta da CPMF, repudiada por todas as forças produtivas da sociedade”, concluiu o líder tucano.