Brasília – O deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC) afirmou que os problemas da saúde pública brasileira só serão superados com a melhoria da gestão do setor e não apenas com a contratação de mais médicos.
A observação é uma resposta ao programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal na última segunda-feira (8) para atrair médicos para localidades distantes dos grandes centros. As medidas anunciadas pelo Planalto incluem também a contratação de médicos do exterior caso não haja interesse de brasileiros para as vagas.
Segundo Tebaldi, a contratação de médicos para a rede pública não pode ser interpretada como uma solução definitiva para os problemas da área. “É claro que queremos mais médicos, eles são bem vindos. Mas os profissionais do exterior só podem entrar na nossa rede pública se comprovarem que estão na mesma condição dos profissionais que já atuam no Brasil”, disse.
O deputado destacou também que o reajuste da tabela do SUS – que determina a remuneração paga pelo governo federal a hospitais e instituições que realizem procedimentos de saúde – é uma medida prioritária que ainda não foi empreendida pelo PT.
“É uma demanda grande dos hospitais que não é vista, e o governo não se mobiliza para corrigir o problema”, apontou Tebaldi.
Números
O governo federal prometeu, ainda na segunda-feira, a construção de mais 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e de 15.977 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os números elevam promessa feita anteriormente pelo próprio Executivo – que havia estabelecido meta de 269 UPAs e 7.557 UBSs – e contrastam com o que foi efetivamente realizado. Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado recentemente demonstrou a construção de apenas 12 UPAs e 434 UBSs, apenas 5% do anunciado.
“O fato é que o governo Dilma não gosta de saúde. Parece que a presidente não quer o bem estar da população. A falta de gestão e de investimento na área é muito grande”, disse Tebaldi.