PSDB – SC

Deputado Marco Tebaldi defende limitação nos juros do cartão de crédito

tebaldiDebate na Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, presidida pelo deputado federal Marco Tebaldi, discutiu na manhã desta quarta-feira (7/12) os motivos que levam a taxas mais altas no Brasil em comparação com outros países.

A Proteste, associação de defesa do consumidor, defendeu em audiência na Câmara que os deputados aprovem a limitação dos juros do cartão de crédito. O representante da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Ricardo Vieira, disse que a medida restringiria o acesso aos clientes de baixo risco, ou seja, aos mais ricos.

Durante debate nesta quarta-feira (7) na Comissão de Defesa do Consumidor, o representante da Proteste, Antonio Henrique Lian, sugeriu limitar os juros do cartão de crédito ao dobro do custo dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI), que poderia ser identificado como o custo básico do dinheiro para os bancos. Segundo ele, isso levaria hoje a uma taxa de 28,2% ao ano, contra uma média de juros de 433% ao ano dos cartões.

Lian lembrou que os juros dos cartões no Brasil são os maiores da América Latina. O segundo colocado, o Peru, tem taxas de 43,7% ao ano em média. O banco que cobra mais caro, no Brasil, pratica 1.158% ao ano.

O presidente da comissão, deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC), insistiu em saber por que a taxa brasileira dos cartões é tão alta. A resposta Ricardo Vieira, da Abecs, foi a de que o Brasil tem vários serviços que outros países não têm necessariamente, como um período de até 45 dias sem juros, o preço parcelado sem juros e o risco total da empresa de cartão em caso de inadimplência.

Outro fator, continuou Vieira, é a inadimplência – atualmente em 37% do volume de crédito concedido. Dados da Confederação Nacional do Comércio mostram que, entre as famílias endividadas, 77% dizem que a dívida principal é com cartão de crédito.

Um projeto que estabelece limites para juros do cartão de crédito está pronto para votação no Plenário do Senado (PLS 407/16). Se aprovado, o texto virá para a Câmara.

Foram convidados para esta audiência:
– o Coordenador-Geral Substituto na Secretaria Nacional do Consumidor, Gustavo Gonçalinho da Mota Gomes;
– o representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Antonio Henrique Lian;
– o diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Ricardo Barros Vieira; e
– a chefe adjunta do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, Paula Ester Farias de Leitão.

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