Deputado e médico, Serafim Venzon, lider da bancada do PSDB na Alesc, demonstrou preocupação na tribuna com informações vindas de Brasilia dando conta do corte de investimentos do governo federal e estados para o controle de epidemias do ano passado para cá. “Justamente no ano em que o país atingiu recorde de casos de dengue e entrou em alerta devido ao avanço do vírus zika, os gastos do governo federal e da maioria dos Estados com vigilância epidemiológica, a atividade de prevenção e controle de doenças, caíram. É muito preocupante para a sociedade”, alertou.
Segundo o parlamentar, os números apontam que, além da própria União, houve queda nos investimentos de pelo menos 17 Estados, incluindo Santa Catarina, além do Distrito Federal. Com a recessão derrubando as receitas, os desembolsos federais para combater epidemias diminuíram 9,2% do ano passado para cá.
A área de vigilância epidemiológica compreende repasses a Estados e municípios, campanhas de prevenção de doenças e combate a potenciais vetores (caso do Aedes aegypti, por exemplo) e oferta de insumos e testes de diagnóstico. “A queda é maior do que nos gastos gerais em saúde, que foi de 2%, e ocorreu no ano em que o Brasil teve 1,6 milhão de casos notificados de dengue, com 863 mortes. É uma falta de bom senso que indica má gestão e falta de planejamento do governo federal, colocando em risco a saúde da população”, criticou.
Serafim Venzon também chamou a atenção para o fato de cinco tipos de vacinas estarem em falta em Santa Catarina, tudo porque o Ministério da Saúde não envia lotes desde o início de janeiro. “Sabemos que problema de desabastecimento é nacional, mas por falta de planejamento do governo que mais uma vez está penalizando a população mais pobre e comprometendo a qualidade de vida da população catarinense”.