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Despesas com pagamento de servidores em 2015 são as maiores em 17 anos

20032014dinheirofotomarcossantos007_0Apesar da recessão que castiga o bolso dos brasileiros, o governo federal insiste em manter uma máquina pública inchada, sem cortar na própria carne. Para se ter uma ideia, o peso das despesas com o pagamento de servidores públicos federais em 2015 foi o maior em 17 anos. Só na média de janeiro a novembro do ano passado, 39,2% da receita do governo foi gasta com o contracheque dos funcionários.

Segundo reportagem deste domingo (27/03) do jornal O Estado de S. Paulo, a proporção dos gastos com servidores é vista como um termômetro da saúde financeira do país. Desde o ano 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o governo federal só gaste até 50% de suas correntes líquidas com a folha de pagamento.

As despesas com a folha alcançaram no ano passado o equivalente a 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um ponto percentual acima do verificado nos três anos anteriores. É o maior nível desde 1995.

Para a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, o peso da folha de pagamento dos servidores públicos deve aumentar a curto e médio prazo, por conta da recessão econômica que provoca a queda das receitas líquidas e do PIB.

Pensões e aposentadorias

O gasto com o pagamento de pensões e aposentadorias também pode comprometer ainda mais os gastos públicos. Segundo o economista Nelson Marconi, coordenador executivo do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no ano passado o pagamento de aposentados e pensões na esfera da União demandou R$ 105,4 bilhões, ou cerca de 43% do total.

As contribuições previdenciárias de quem está na ativa, porém, não cobrem nem de longe esse valor: somaram R$ 12,6 bilhões. A enorme diferença gerou um déficit perto de R$ 92,9 bilhões. Para Marconi, o desgoverno chegou a tal ponto que a solução seria apenas o aumento das contribuições. “Sei que vou ser linchado pelos funcionários públicos, mas não tem jeito: é preciso aumentar a contribuição de quem está na ativa”, avaliou ao jornal.

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