Brasília/DF, 04/03/2015 – Fiscalizar e cobrar atos do governo federal serão a base da atuação do senador Paulo Bauer (PSDB/SC) nas comissões de Relações Exteriores e Infraestrutura, para as quais foi indicado como membro titular. Em discurso no Plenário, na tarde desta quarta-feira, o parlamentar afirmou que há muito a ser feito nos dois setores.
Para ele, a Comissão de Relações Exteriores é de extrema importância para o Brasil, pois trata de assuntos não só de diplomacia mas, também, de caráter econômico. O senador citou como exemplo o caso do Mercosul, ao qual o país precisa se submeter às regras de funcionamento do bloco econômico. Lamentavelmente, o Brasil não consegue avançar nos mercados internacionais, não consegue avançar em novas relações comerciais. Precisa respeitar os demais parceiros e deles ter o mesmo respeito.
“Mas sabemos que as crises que vivem, por exemplo, a Argentina, impedem o Brasil de avançar no mercado externo, de exportar mais. Por isso vai ser de grande importância a ação que vamos desenvolver na Comissão de Relações Exteriores”, avaliou.
Bauer destaca ainda as questões relativas aos negócios que a Petrobras desenvolveu no mundo e que ainda não foram totalmente esclarecidas, os financiamentos do BNDES feitos em outros países com dinheiro brasileiro.
“Assuntos que precisamos entender, pois isso é uma caixa preta que o governo não quer abrir e não quer colocar ao conhecimento público. Queremos entender porquê o governo federal faz tantas coisas para outros países e deixa de fazer o nosso”, argumentou o senador.
Ao comentar sua presença como titular da Comissão de Infraestrutura, o parlamentar catarinense citou que é outra temática de grande relevância para o país e para Santa Catarina. Bauer vai cobrar explicações ainda com mais rigor sobre os atrasos nas obras federais no Estado, algo que ele considera lamentável e triste.
A paralisação da duplicação da rodovia BR-280, entre Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul, com cerca de 70 quilômetros, cujo projeto foi autorizado no final do governo Fernando Henrique e nada foi realizado durante os oito anos do governo Lula. Na atual gestão, três licitações foram feitas e anunciadas, com máquinas que só começaram a ser ligadas às vésperas da eleição de 2014.
“Mas vi na manhã da última terça-feira que não há mais máquina alguma lá, nem placas. O mesmo acontece com a BR-470, entre Navegantes e Blumenau, onde, no ano passado, próximo do primeiro turno, o governo mandou máquinas, mas parou tudo também”, reclamou o senador.
A situação é mesma na ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis e na transposição ferroviária de Joinville, cujas obras não acontecem.
“Infraestrutura neste Brasil é igual à zero. Zero de prioridade, zero de investimento, zero de execução, zero de competência, zero de responsabilidade. Nota zero para o governo”, concluiu Bauer.
(Alessandro Bonassoli, da Assessoria de Comuicação)