PSDB – SC

Lula permanecerá com os benefícios de ex-presidente mesmo assumindo o ministério da Casa Civil

27122010-27.12.2010WDO_7065-300x204O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicado nesta quarta-feira (16) para ocupar a Casa Civil da Presidência da República, permanecerá com todos os benefícios que possui por ser ex-titular do Palácio do Planalto se assumir a pasta. Como exerceu o cargo por oito anos, a lei lhe garante o direito a segurança da Polícia Federal, oito assessores e dois carros de luxo, além de um salário de R$ 11 mil.

Nunca na história recente da política brasileira um ex-presidente foi nomeado ministro de Estado. O ineditismo da situação faz com que especialistas acreditem que os benefícios não serão suspensos no caso de Lula, como revela matéria publicada nesta quarta pelo jornal Correio Braziliense. No entanto, os especialistas acreditam que o petista terá que escolher entre os vencimentos de ex-presidente (R$ 11 mil) e de ministro (R$ 33 mil), muito superior – sem acumular os dois benefícios.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) avalia como prejudicial para o país a nomeação do petista para a Casa Civil. “A situação é gravíssima. Além da crise econômica e política que enfrenta a presidente Dilma, sem precedentes na história brasileira, a nomeação de um ex-presidente que está sendo investigado e denunciado tanto pela Justiça Estadual de São Paulo como pela Justiça Federal é um desastre.”, disse.

Hauly acredita que a repercussão dessa notícia será negativa para o Brasil. “Lula acrescentará um componente que é nitroglicerina pura no coração do governo. Isso vai contaminar definitivamente o país. Essa decisão vai ser um desastre maior ainda para a economia do Brasil”, lamentou.

O parlamentar disse que o ex-presidente não tem credibilidade para voltar ao governo. “Quem vai sentar à mesa com ele? Com uma pessoa que está sendo denunciada? Que credibilidade ele tem hoje? Realmente essa decisão é muito negativa e muito prejudicial para toda a população brasileira”, afirmou.

Lula teria feito uma exigência para aceitar o convite ao ministério: ter liberdade para fazer a articulação política do governo.  Se assumir o cargo, o petista será responsável por atuar junto ao Congresso na tramitação de matérias de interesse do Planalto, tentar manter o PMDB na base de apoio da presidente Dilma e trabalhar para frear o processo de impeachment que começará a ser analisado pela Câmara.

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