Para onde vamos?
Qual será o desfecho desta crise? Perguntei a várias pessoas, entre amigos empresários, profissionais liberais, funcionários de empresas, enfim, diferentes pessoas em uma enquete que fiz por onde circulei nos últimos dias.
A dúvida é geral. A insegurança com o futuro idem. Todos estão sofrendo. Não há ninguém tranquilo. Passamos por um momento de grande ansiedade. Não importa se votaram neste ou naquele candidato a presidente, o fato é que nunca nestes meus 50 e tantos anos, a perspectiva esteve tão incerta e ruim para todos. Todas as camadas sociais estão sofrendo um profundo desgaste. A percepção é de redução da riqueza de forma generalizada. Raros segmentos estão se dando bem, a exemplo de banqueiros, alguns grandes investidores e empresas com foco em exportação de determinados produtos favorecidos pelo momento e conjunturas globais.
Os preços estão subindo muito, alguns produtos com alta de mais de 100% e com isto só aumenta a dificuldade.
Governos municipais e estaduais desesperados tentam de todas as formas manterem suas estruturas apertando o cinto e refazendo metas. Enquanto isso o governo federal, à custa de truques como aumento de impostos e contribuições, retira mais dinheiro do povo. São portarias, medidas provisórias, reajustes e outros procedimentos fiscais sendo editados na calada da noite para saquear a população e o setor produtivo já abarrotado de coisas para pagar. E o que é pior, a União recusa-se a cortar na própria carne e não reduz suas absurdas despesas governamentais e nem cogita fazer o projeto de um plano de contenção de gastos a curto e médio prazo.
Os EUA depois da crise de 2008, sabiamente, ao invés de saquear o povo, estimularam a economia, investindo 700 bilhões de dólares e o que se viu foi a volta por cima. Foram dois mandatos de Obama e os norteamericanos conseguiram se reerguer e em 2015 aumentaram em quase 4% o seu já gigantesco produto interno bruto, enquanto aqui no Brasil encolhemos 3% o nosso PIB depois de investirmos (muito mal) aproximadamente 500 bilhões de reais.
Recentemente substituiu-se o titular do Ministério da Fazenda e sua equipe econômica que trabalhavam pelo ajuste fiscal, colocando em seu lugar gente mais afinada ideologicamente com a Presidente, seu partido gastador e com os parasitas que lhe garantem por mais um tempo a sobrevida política podre; um troca-troca em nome de que chamam governabilidade – certamente uma palavra inadequada para descrever essa administração, pois maior desgoverno do que estamos assistindo é difícil imaginar.
Aguardamos ansiosamente fevereiro e a abertura dos trabalhos do Congresso e do STF, de olho na postura de ambos e no movimento das ruas.
O Brasil e todos os pagadores de impostos clamam por atitudes rápidas e decentes.
Artigo do Deputado estadual Dr. Vicente Caropreso