O Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, na noite desta sexta-feira (18), apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em relatório, a entidade acusa a petista de ter autorizado as chamadas pedaladas fiscais e também de ter concedido isenção fiscal à FIFA na realização da Copa do Mundo de 2014.
Além disso, segundo matéria publicada pelo portal G1, a OAB considera que a presidente interferiu nas investigações da Lava Jato ao nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil.
“Essas condutas, ao meu sentir, demonstram de forma clara que se afastou de seus deveres constitucionais, incorrendo em crimes de responsabilidade, que devem ser sim apurados pela via do processo de impeachment”, destacou Erick Venâncio, advogado que relatou o parecer emitido pela OAB, na leitura de seu voto.
Durante a reunião, que aconteceu durante toda a sexta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, chegou a tentar, sem sucesso, defender o governo de Dilma das acusações feitas. Das 27 bancadas estaduais presentes na reunião, apenas a do Pará votou contra o apoio da OAB à instauração do processo de impeachment no Congresso.