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“Organização criminosa jamais poderia ter funcionado sem que Lula participasse”, afirma Rodrigo Janot

rr_lulanomaksoudplaza__04252016_3-300x195O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, nesta terça-feira (3), a abertura de inquérito contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos crimes cometidos no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Como informa matéria publicada pela Folha de São Paulo publicada nesta quarta, Janot classificou Lula como uma figura central no esquema de desvio de recursos da Petrobras, o petrolão.

“Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”, destacou o procurador-geral, em denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Janot também pediu que o ex-presidente seja investigado pela suposta tentativa de comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, ao tentar impedir sua delação premiada.

Segundo a reportagem da Folha, Lula também foi denunciado por tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Segundo Janot, a nomeação do petista ao cargo de ministro da Casa Civil teria como objeto livrá-lo das investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro uma vez que, ao assumir a pasta, o ex-presidente teria foro privilegiado. Neste inquérito, o procurador-geral também denunciou a presidente Dilma Rousseff e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.

“Os diálogos interceptados com autorização judicial não deixam dúvidas de que, embora afastado formalmente do governo, o ex-presidente Lula mantém o controle das decisões mais relevantes, inclusive no que concerne às articulações espúrias para influenciar o andamento da Operação Lava Jato”, ressaltou Janot.

Delação de Delcídio incrimina Lula

De acordo com matéria publicada pelo broadcast da Agência Estado, documentos entregues pelo senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) comprovam que Lula agiu para obstruir as investigações da Lava Jato.

“A respeito desse fato, há diversos outros elementos, tais como e-mail com comprovante de agendamento da reunião entre Lula e Delcídio no Instituto Lula, no dia 8 de maio de 2015; comprovantes de deslocamento efetivo do senador para São Paulo compatível com esta data; outros documentos que atestam diversas outras reuniões entre Lula e Delcídio no período coincidente às negociatas envolvendo o silêncio de Nestor Cerveró, além de registros de diversas conversas telefônicas mantidas entre Lula e (o pecuarista) José Carlos Bumlai e entre este e Delcídio”, destacou Janot no documento encaminhado ao STF.

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