PSDB – SC

Para tucanos, aprovação de projeto que muda regras do pré-sal será fundamental para retomada de investimentos

pre-sal-2-300x193Vendido pelos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff como uma salvação nacional, o pré-sal acabou abandonado pela gestão petista que, na ânsia de anunciar uma conquista aos brasileiros, não se preocupou com as reais condições de exploração dos campos de petróleo, além de afetar a Petrobras com corrupção e má gestão. Os maiores prejudicados foram os moradores de municípios próximos às bacias de Santos (SP) e Campos (RJ), que sofreram com a alta expectativa, a disparada nos preços dos imóveis e os efeitos negativos da incapacidade da Petrobras de transformar o potencial do pré-sal em benefícios para a população.

O vereador de Santos Sadao Nakai (PSDB) explica que houve uma grande onda de investimentos em todos os segmentos do setor comercial na cidade, alimentada pelas expectativas fantasiadas pelo PT, e não correspondida na prática.

“No boom das descobertas do pré-sal, houve uma negociação e a unidade de negócio da Petrobras veio para cá, se instalou aqui na cidade. O projeto inicial eram três edifícios com as unidades de negócios sendo instaladas aqui. A prefeitura se envolveu nesse projeto, cedeu área para que isso fosse viabilizado. Houve uma grande movimentação, grande expectativa do projeto da exploração do pré-sal e muito investimento em todos os segmentos do setor comercial começaram a se preparar para esse ciclo da exploração. Mas não aconteceu nada do que era esperado”, afirmou.

O fato é que a Petrobras, mergulhada em meio a escândalos e dívidas, não conseguiu corresponder às expectativas. Segundo Nakai, a revelação do escândalo de corrupção na estatal, descoberto pela operação Lava Jato, foi determinante para a crise instalada em Santos.

“Quando houve esse problema da Petrobras, o processo de corrupção, ocorreu uma interrupção dos investimentos, criando-se um grande problema aqui na cidade. Muito investimento já havia sido feito por parte de empresariado. Existia uma grande expectativa na cidade e essa interrupção causou uma grande frustração. Vimos o aumento do desemprego, a alta nos preços dos imóveis, uma verdadeira crise”, acrescentou.

No Rio de Janeiro, a situação não foi diferente. O deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB-RJ) explica que o estado é um exemplo de lugar que ainda vive sob a “maldição do petróleo”. “O advento do pré-sal e o sistema de partilha serviram para o Rio como um grande engodo. As previsões de arrecadação por conta da não realização na plenitude do sistema de partilha, além da queda do preço do petróleo, das regras absurdas que foram impostas à própria Petrobras e a má gestão e corrupção na estatal fizeram a arrecadação do estado desabar”, afirmou.

Para o tucano, o estado vive uma situação “dificílima”. Ele citou como exemplo de outras áreas afetadas pela má atuação do PT no comando do petróleo a indústria naval, que está desmobilizada, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), “totalmente paralisado”, segundo o parlamentar.

Retomada de investimentos

Para tentar reverter essa situação, o projeto de lei de autoria do ministro das Relações Exteriores, senador licenciado José Serra (PSDB-SP), que muda as regras de exploração do petróleo do pré-sal, foi aprovado na última quarta-feira (5) pela Câmara dos Deputados. A proposta prevê o fim da obrigação de que a Petrobras seja a única operadora do pré-sal, acabando também com a necessidade de a estatal ter participação compulsória de, no mínimo, 30% nos consórcios de exploração.

Para Nakai, o projeto de Serra vai ser essencial no sentido de retomar os investimentos nas atividades locais ligadas à exploração do pré-sal. “É uma proposta muito importante. Aos poucos, vamos poder recuperar nossas atividades. Essa proposta do ministro Serra será muito positiva para a entrada de novos investimentos em Santos”, concluiu.

“A nova lei é um dos componentes que vai melhorar o problema. Quando a Petrobras passa a ter o direito, mas não a obrigação de participar das rodadas, dá margem para recuperar a empresa. Como estava antes era um atraso. Então, acho que é de fato um atenuante e vai ajudar muito nosso estado”, acrescentou o deputado Luiz Paulo.

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