Com um mês à frente da prefeitura de São Paulo, o tucano João Doria (PSDB) iniciou uma etapa que considera central na sua administração: fazer o maior programa de privatização de um município no Brasil. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira (6), o prefeito afirmou que ainda vai definir se essas vendas, concessões e Parcerias Público Privadas (PPPs) serão enviadas em bloco ou não para a Câmara Municipal, mas já iniciou as conversas com os vereadores para tentar garantir que as autorizações sejam aprovadas o mais rápido possível.
De acordo com o prefeito, a ideia é São Paulo fazer o mais “vigoroso” programa de privatização municipalista do país. “Vamos ter boa relação com a Câmara. Estou muito tranquilo em relação a isso. Mas precisamos tratar desse assunto das desestatizações com seriedade. Porque são muitos projetos, como Interlagos, Anhembi, Pacaembu, cemitérios. Cada um, certamente, será alvo de grande debate”, afirmou.
Em relação aos recursos a serem utilizados, Doria destacou que a verba é menor do que deveria, mas que pretende investir tempo trabalhando e encontrando soluções criativas.
“Já orientei minha equipe de trabalho avisando que precisamos olhar para frente em vez de ficar criticando a gestão anterior. No máximo, faremos registro da informação de algum déficit aqui e acolá apenas para que fique claro se aconteceu algo desse tipo. Mas não vamos transformar isso numa crítica contundente. Porque não vai resolver nada. A população votou em nós para resolver os problemas. Viramos a página. Culpar a gestão anterior não funciona”, avaliou.
Sobre as parcerias da prefeitura com as empresas, o prefeito apontou que já são mais de R$ 30 milhões de serviços realizados pela cidade nesse modelo. “Não está correta essa avaliação de que pode haver problema nas parcerias da Prefeitura com as empresas privadas. O único vínculo que será criado é o da cidadania. É o reconhecimento da atitude e do gesto cidadão de pessoas e de empresas. Isso está sendo feito em prol da sociedade”, completou.
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