
Crescimento no volume de votos recebidos e no número de prefeituras conquistadas, participação nas chapas de duas das três capitais e favoritismo em duas das mais importantes cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O PSDB conquistou espaço político e, principalmente, a confiança dos eleitores da Região Sul do país, na qual conta há seis anos com o governo do Paraná.
O PSDB ampliou sua votação nos três estados sulistas, na comparação com 2012: 11,7% mais eleitores no Paraná, 60,1% no Rio Grande do Sul e 72,3% em Santa Catarina. A partir de janeiro, os tucanos vão administrar 66 municípios paranaenses, 38 catarinenses e 25 gaúchos.
Esses números podem crescer no segundo turno: o PSDB disputa as prefeituras de Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e de Blumenau, em Santa Catarina. Os tucanos também participam como vice nas duas outras capitais da região, com Eduardo Pimentel ao lado de Rafael Greca (PMN), em Curitiba, e João Batista Nunes em parceria com Gean Loureiro (PMDB), em Florianópolis.
Trabalho de base
Em Santa Catarina, o PSDB tem tudo para reeleger o prefeito Napoleão Bernardes em Blumenau, cidade de 344 mil habitantes, PIB de R$ 12,9 bilhões e orçamento de R$ 2,1 bilhões. O tucano ficou em primeiro lugar na votação de 2 de outubro, com 45% dos votos válidos, e é favorito a terminar novamente à frente no segundo turno, em 30 de outubro.
Reeleger Napoleão Bernardes e ajudar a vitória da chapa PMDB-PSDB em Florianópolis vão consolidar o forte trabalho de organização e ampliação do diretório tucano em Santa Catarina, diz o deputado estadual Marcos Vieira, presidente do PSDB-SC. “Aumentamos o número de diretórios municipais, o número de filiações e de candidaturas”, diz o parlamentar.
Em 2012, o PSDB havia vencido apenas em uma das 20 principais cidades catarinenses; agora, já foram seis vitórias, sem contar a eventual reeleição de Napoleão Bernardes. “Subimos de uma posição intermediária para se consolidar como uma das três principais forças políticas do Estado”, afirma o deputado Marcos Vieira.
Vitória inédita
No Rio Grande do Sul, o partido tem tudo para vencer pela primeira vez a disputa na capital gaúcha, com o deputado federal e presidente do PSDB-RS, Nelson Marchezan Júnior. O tucano terminou o primeiro turno em Porto Alegre na frente e lidera as pesquisas da rodada decisiva. A campanha no segundo turno, na qual Marchezan enfrenta o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), viveu momentos lamentáveis, como o ataque a tiros ao comitê tucano e a morte de um integrante da equipe do peemedebista.
Com quase 1,5 milhão de habitantes, Porto Alegre tem o segundo maior orçamento municipal entre as 19 cidades em que o PSDB está no segundo turno, com R$ 6,6 bilhões. O PIB da capital gaúcha, segundo o IBGE, supera os R$ 57 bilhões.
A outra cidade do Rio Grande do Sul em que o PSDB segue no segundo turno é Santa Maria. O deputado estadual Jorge Pozzobom enfrenta um adversário do PT. Para o tucano, uma gestão com a marca do PSDB na cidade que ainda sente os efeitos da tragédia da boate Kiss, em janeiro de 2013, é a “oportunidade de virar a página” e de a prefeitura fazer mais pelos 277 mil moradores do município, cuja economia movimenta mais de R$ 5,7 bilhões.
“Conseguimos unir um bom conjunto de partidos para nos ajudar nesta reta final de uma disputa muito apertada”, diz Pozzobom. “Das cinco cidades mais importantes do Rio Grande do Sul, o PSDB já venceu em Pelotas. Ganhar em Porto Alegre e aqui em Santa Maria é fundamental para o partido manter o crescimento no estado.”