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Senador Dalirio Beber ressalta possibilidade de perdas para estados e municípios com novo Simples Nacional

 A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (8) o aumento dos limites de enquadramento no Simples Nacional. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 125/2015 eleva de R$ 360 mil para R$ 900 mil o teto da receita bruta anual da microempresa (ME) e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões o da empresa de pequeno porte (EPP). A comissão aprovou também um pedido de urgência para o exame do projeto em Plenário.

O senador Dalirio Beber manifestou preocupação com a possibilidade de perdas para estados e municípios, tanto na arrecadação, como na transferência de recursos para os fundos de participação (FPE e FPM). O senador chegou a pedir vista do projeto, para que pudesse examinar o impacto das mudanças nas finanças estaduais e municipais, mas desistiu e concordou em deixar essa análise para o momento da votação do projeto em Plenário.

“Além de pedir justiça às micro e pequenas empresas de produção de cervejas, vinhos, licores e destilados, antes impedidas de aderir ao Simples Nacional, solicitei que fossem ouvidas a Confederação e a Federação dos municípios, para dar mais legitimidade e consistência para a sobrevivência e competitividade de microempresários e também dos municípios, que hoje são os entes federados mais sacrificados. Agora discutiremos em plenário esse projeto, que é de suma importância para toda a economia brasileira”, destacou.

O projeto retornará à Câmara dos Deputados para análise das emendas do Senado, mas, conforme o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), há acordo para a votação da matéria pela Casa revisora ainda neste ano. A maior parte das regras só valerá a partir de 1º de janeiro de 2017, mas o prazo do chamado “Refis do Simples”, que permitirá aos micro e pequenos empresários parcelar débitos tributários em até 120 meses, poderá entrar em vigor já a partir de 2016.

A relatora na CAE, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), propôs um substitutivo ao projeto original do ex-deputado Barbosa Neto. O novo texto, que foi apresentado na reunião desta terça-feira, prevê o pagamento do ICMS e do ISS por fora da guia do Simples Nacional na parte da receita bruta anual que exceder R$ 3,6 milhões. Esses impostos são, respectivamente, de competência de estados e municípios.

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