Brasília – O deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC) disse nesta terça-feira (30) que é preocupante o atraso nas obras de nove rodovias que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre o primeiro balanço do PAC, em abril de 2007, e o último, divulgado em junho deste ano, os nove empreendimentos em rodovias apontados como “ações significativas” pelo Ministério do Planejamento apresentam média de atraso de 48 meses. A informação foi divulgada pelo G1.
“No momento em que mais precisamos levantar a infraestrutura do país, é isso que vemos. O fato é que o governo federal não se preocupa com o calendário, com projetos que beneficiem o país”, destacou o parlamentar.
Tebaldi acrescentou que a administração petista é marcada pelo improviso e que a ausência de planejamento traz, entre outras consequências, “superfaturamentos e gastos exagerados”.
Reportagem do site G1 sobre o assunto constatou que a demora chega a seis anos, como no caso do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, na BR-493. Em 2007, o governo estabeleceu o término da obra para 2010. Posteriormente, transferiu a conclusão para 2013. Agora, o prazo foi postergado para 31 de dezembro de 2016.
Outro problema destacado pela reportagem está nas obras da BR-101, no trecho que passa pelo estado de Santa Catarina.
Tebaldi visitou recentemente a região onde as obras acontecem e verificou a demora nas obras. O deputado chamou de “irresponsabilidade” o estágio atual dos trabalhos. “É uma vergonha para o estado. O governo FHC duplicou a rodovia em seu trecho norte, maior do que o sul, que o PT não consegue concluir. Há acidentes fatais todos os meses e a economia não consegue se desenvolver, já que indústrias deixam de investir por conta do problema”, disse.
Prazos – A reportagem do G1 citou uma justificativa do Ministério do Transportes para o atraso. Segundo a pasta, parte do problema pode ser explicado por erros na hora de estabelecimento dos prazos.
Para Tebaldi, a justificativa não tem fundamento. “Isso não passa de uma desculpa sem lógica. Não se pode esconder a incompetência do governo. Um governo que não tem planejamento, que produz projetos mal feitos. E quem perde, com tudo isso, é a população”, afirmou.