PSDB – SC

Tucanos catarinenses dizem não ao PSD

FOTO: Diego Redel
FOTO: Diego Redel

O senador Paulo Bauer, presidente estadual do PSDB, declarou que o partido não trocará a data da convenção, marcada para o próximo dia 26, muito menos atenderá a proposta do presidente estadual do PSD, deputado Gelson Merisio, de integrar a aliança pró-Raimundo Colombo sem ter posição na majoritária em troca apenas de um apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves. Bauer utiliza a própria experiência e lembra que, em 1998, quando ele disputou como vice pelo PFL, na chapa liderada por Esperidião Amin (PPB), e Jorge Bornhausen concorreu ao Senado, também pelo PFL, o PSDB aceitou participar em troca do apoio integral ao candidato a presidente Fernando Henrique Cardoso contra Luiz Inácio Lula da Silva, o que fez até com que ex-peemedebistas como Francisco Küster e Dalírio Beber votassem ao lado de adversários históricos.

A oferta de agora, acentua Bauer, não dá garantia qualquer aos tucanos, que ainda teriam que enfrentar uma questão burocrática, estabelecida por uma resolução do partido. O presidente do PSDB explica que, pela normativa, 48 horas antes da convenção estadual, a executiva local tem que enviar ao diretório nacional as opções de candidaturas à majoritária. Caso não aceitas pela cúpula tucana, 24 horas antes da convenção, a mesma executiva terá que fazer as devidas correções sob o risco de intervenção. Portanto, isso inviabilizaria fazer a escolha dos candidatos no dia 30 de junho, por exemplo, último prazo para a realização das convenções.

Publicado na coluna de Roberto Azevedo – Notícias do Dia – 29/05/2014

Bauer alerta, ainda, que não é tolerável que “o veto do PMDB ao PP seja pago com o PSDB”. E ratifica que é pré-candidato ao governo e que não seria justo tirar a possibilidade real do ex-governador Leonel Pavan concorrer, com grandes chances de sucesso, ao Senado.

Para Bauer, Merisio é muito ousado. E que os tucanos, que iniciaram ontem uma série de programas de TV, que reforçarão pontos essenciais da proposta de governo, não tratam da “paróquia”, mas de um projeto que atende aos interesses do partido e pretende mostrar ideias para renovar a gestão. Vale o mesmo de antes, se Colombo não abrir mão do compromisso com Dilma Rousseff (PT), nada feito com os bicudos estaduais.

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