“É preciso não esquecer que há racismo no Brasil, que há preconceito e que temos que lutar contra ele”, afirma o presidente Fernando Henrique Cardoso. Em live com a presidente nacional do Tucanafro, Gabriela Cruz, ele reforçou que, no Brasil, houve uma “naturalização” da desigualdade e uma aceitação da ideia de que não há racismo.
“Nós temos que lutar contra isso e, nesse sentido, o movimento negro é muito importante, porque chama atenção, marca posição. É preciso romper a bolha, ter sentimento de igualdade e ver que o mundo é maior. Diante do retrocesso, é preciso gritar e marcar posição”, disse.
Na conversa, Gabriela Cruz lembrou que Fernando Henrique foi o primeiro presidente do Brasil a acolher as demandas históricas do movimento negro e a implantar políticas afirmativas. “A agenda social do seu governo sempre foi calcada no diálogo com a sociedade. Governo e movimento negro construíram conjuntamente as políticas afirmativas na área da saúde, da educação, na valorização da cultura africana como parte importante da cultura brasileira e nas cotas para serviço público e universidades”, reforçou, destacando a criação do Grupo de Trabalho Interministerial que, em 1995, atuou para que as políticas afirmativas fossem também transversais.
A live foi transmitida nos canais do PSDB e do Tucanafro, nesta terça-feira (30/6). FHC e Gabriela falaram também sobre os movimentos antiracismo no Brasil e no mundo.
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